Com consentimento dos EUA, G7 assume compromisso de combater protecionismo

Fluxo migratório foi destaque no encontro

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Fluxo migratório foi destaque no encontro

Os líderes do G7, reunidos na cidade italiana de Taormina, exigiram hoje (27) “esforços coordenados a nível nacional e internacional” para a gestão do fluxo migratório, ao mesmo tempo em que defenderam “o direito soberano de controlar” as fronteiras. A informação é da Agência EFE.

O G7 reúne os líderes das sete economias mais industrializadas do planeta. Juntos, os países detêm 32,2% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.

“Enquanto defendemos os direitos humanos de todos os imigrantes e refugiados, reafirmamos os direitos soberanos dos Estados, individuais ou coletivos, para controlar suas próprias fronteiras no seu interesse e segurança nacional”, diz a declaração final da reunião.

O grupo manifestou que “a gestão e o controle dos fluxos migratórios requer um enfoque de emergência e a longo prazo” mas respeitando “as distinções” entre refugiado e imigrante. O encontro também ressaltou “a necessidade de apoiar os refugiados para que retornem aos seus países de origem na medida do possível”, de forma segura e impulsionando a reconstrução de suas comunidades.

O controle das fronteiras é um assunto muito explorado por diferentes membros do G7, como o Reino Unido, mas mais veementemente pelo governo de Donald Trump, que planeja construir um muro na fronteira dos Estados Unidos com o México, entre outras medidas.

Um dos motivos para a cúpula ter sido realizada em Taormina foi a posição geográfica da cidade, que se encontra no centro do canal migratório do Mediterrâneo Central, pelo qual cerca de 181 mil imigrantes alcançaram o litoral italiano em 2016.

Por isso, a presidência italiana deu importância às relações com a África, convidando à mesa do G7 cinco países do continente: Tunísia, Quênia, Níger, Nigéria e Etiópia.

Combate ao protecionismo

Os líderes do G7 também se comprometeram a combater o protecionismo após os Estados Unidos terem superado suas reticências a incluir esta menção na declaração final da cúpula. “Reiteramos o nosso compromisso de manter os nossos mercados abertos e lutar contra o protecionismo, enquanto nos mantemos firmes contra todas as praticas comerciais injustas”, diz o documento de seis páginas.

Os países reconhecem que “o comércio e o investimento livres, justos e mutuamente benéficos, ao mesmo tempo que criam benefícios recíprocos, são motores essenciais do crescimento e da criação de emprego”, aponta o texto.

O G7 reconhece na declaração final que o comércio “nem sempre funcionou em benefício de todos” e se compromete a “adotar políticas apropriadas de modo que todas as empresas e cidadãos possam aproveitar ao máximo as oportunidades oferecidas pela economia global”.

Além disso, o grupo ressalta a importância do sistema comercial internacional “baseado em regras” e se compromete a “melhorar o funcionamento da Organização Mundial do Comércio” para assegurar que todos os integrantes cumpram as normas.

Medidas contra Rússia

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O grupo se mostrou de acordo em não suspender as sanções já impostas a Moscou por não aplicar os acordos, assinados no início de 2015 para pacificar o leste separatista da Ucrânia, e assegurou que “poderão ser retiradas quando a Rússia cumprir com sua palavra”.

A Rússia participou durante anos do G7 (então denominado G8), mas foi excluída em 2014, após anexar a península ucraniana da Crimeia, motivo pelo qual em julho desse ano também foram impostas sanções ao país.

 

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