Presidente da Turquia pede aos EUA extradição de clérigo ligado a golpe

Clérigo vive em exílio voluntário na Pensilvânia

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Clérigo vive em exílio voluntário na Pensilvânia

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, pediu neste sábado (16) a extradição do clérigo muçulmano Fethullah Gülen, acusado de estar por trás da tentativa de golpe militar de ontem (15). O imã vive em exílio voluntário na Pensilvânia, nos Estados Unidos.

Fethullah Gülen lidera o movimento que leva seu nome Gülen (ou Hizmet) e que se diz laico, mas prega uma versão moderada do islamismo. Segundo Erdogan, membros do Hizmet estão infiltrados em todos os aparatos do Estado.

O clérigo apoiou o presidente até 2013, mas a aliança foi rompida após o governo ter fechado diversas escolas gülenistas na Turquia. Gülen, que vive em exílio voluntário nos Estados Unidos, nega “categoricamente” qualquer participação no golpe.

Prisões

O comandante do Exército turco Adem Huduti foi detido por suspeita de envolvimento na tentativa de golpe militar, informou a imprensa local neste sábado. Mais cedo, autoridades turcas prenderam o suposto líder do golpe, general Akin Ozturk, ex-comandante da Força Aérea turca, informou o jornal Sabah.

Por cerca de um ano, Ozturk, que pode estar ligado a Fethullah Gülen, vem sendo considerado suspeito de tentar organizar um golpe militar. Ele foi comandante da Força Aérea turca entre 2013 e 2015.

O juiz da Corte Constitucional da Turquia Alparslan Altan também foi preso sob a acusação de apoiar o imã Fethullah Gülen. Algumas horas depois da tentativa de golpe de Estado na Turquia, o órgão de controle de magistrados e procuradores removeu do cargo 2.745 juízes de todo o país. Segundo a agência estatal de notícias Anadolu, a decisão tem como objetivo adotar medidas disciplinares contra os suspeitos de ligação com o clérigo muçulmano Fethullah Gülen.

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