Empresas teriam sido utilizadas para sonegar milhões de dólares em impostos

O presidente da , Mauricio Macri, admitiu à imprensa sua participação como diretor em empresa offshore que aparece nos documentos da Mossack Fonseca. A Fleg Trading LTDA. seria destinada a holding de empresas argentinas e brasileiras – quando a empresa serve como sócia majoritária das ações de outras empresas, e integra a lista de centenas de offshores com sedes em paraísos fiscais gestionaas pela Mossack, escritório do Panamá alvo de vazamentos na imprensa internacional.

Macri afirmou que teve ‘participação ocasional' na empresa e que não foi acionista, por isso não a declarou em suas contas. Segundo nota divulgada pela assessoria do presidente, Macri foi apenas indicado pelo próprio pai como diretor da Fleg Trading LTDA, mas não tomou parte das ações da empresa, portanto não teria gerado recursos a serem declarados a partir dela.

A empresa, com sede nas Bahamas, consta nas declarações de imposto de renda do pai do presidente, Franco Macri. Outra personalidade argentina que teve seu nome citado nos vazamentos da Mossack como sócio de empresas offshore com sede em paraísos fiscais foi o jogador de futebol, Leonel Messi.

Indícios nos documentos da Mossack mostram que a estrela do Barcelona e seu pai, Jorge Horacio Messi, teriam utilizados empresas offshores atuantes em Belize e no Uruguai para sonegar impostos de milhões de dólares ao governo. As primeiras acusações de que Messi estaria utilizando empresas ligadas à Mossack para sonegar impostos surgiram em 2013, através da offshore Mega Star Enterprises. 

O jogador e seu pai recusaram-se a falar sobre o assunto. As offshores são empresas registradas por pessoas e outras empresas fora de seu país de origem, e não são ilegais, desde que não sejam utilizadas para ocultação de recursos a fim de evitar pagamento de impostos.