Na fila para doar sangue, brasileira relata clima em Orlando após atentado

Atirador matou 50 pessoas em boate LGBT

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Atirador matou 50 pessoas em boate LGBT

Após o atentado que deixou 50 mortos na boate Pulse, na madrugada deste domingo (12), em Orlando, Flórida, nos Estados Unidos, brasileiras relataram o clima de insegurança nos Estados Unidos pelas redes sociais. Viviane Trindade, de 38 anos, é formada em economia e trabalha com tecnologia da informação para a Disney. Ela foi doar sangue e contou o que viu pela cidade.

“A cidade está triste, mas unida. Fui doar sangue e o que se vê pela cidade é uma longa fila, além de pessoas oferecendo água e comida para quem está na espera para doar sangue”, afirmou Viviane. Viviane, que já morou em Campo Grande por 5 anos, vive desde 2012 em Orlando. Antes, ela morava em Nova Iorque antes. “Meu marido e eu acordamos com mensagens do Facebook às 5h da manhã. Dois amigos estavam no clube e conseguiram sair assim que os tiros começaram”.

Para a brasileira, os americanos serão capazes de superar a tragédia. Seu marido e filhos são cidadãos americanos. “A cada tragédia, a nação se unde cada vez mais”, afirma. A opinião é partilhada por Joselina Reis, jornalista de 42 anos, formada na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), que mora na Flórida desde 2006, a 4h de Orlando.

“Americanos sabem como reagir em situações assim. […] O clima está tranquilo. As pessoas ficam assustadas, mas americano é muito na dele”, disse Joselina. Para ela, as principais consequências do atentado serão uma volta do debate sobre a liberação do porte de armas. “Toda vez que algo assim acontece, o debate volta a tona.”

“Republicanos e democratas vão esquentar os debates agora. Obama quer restringir e republicanos querem perpetuar o que a constituição afirma: direito ao porte de armas”, afirmou Joselina. Ela ainda crê que os americanos irão conseguir encontrar outros possíveis culpados e puni-los a tempo, recordando que o Estado da Flórida possui pena de morte.

O autor do atentado, Omar Mateen, de 29 anos, foi morto em confronto com a polícia. Os investigadores trabalham com a possibilidade de que o ato seja um atentado terrorista. O ataque à boate LGBT deixou 50 mortos e 53 feridos, sendo o maior ataque da história recente dos Estados Unidos desde o atentado ao World Trade Center.

Conteúdos relacionados

Guerra-na-Faixa-de-Gaza-repr-getty-images