Multada em US$ 200 milhões, Herbalife terá que reestruturar operações

Acordo foi firmado com órgão regulador nos EUA e encerra investigação

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Acordo foi firmado com órgão regulador nos EUA e encerra investigação

A Herbalife aceitou pagar uma multa de US$ 200 milhões e reestruturar totalmente suas operações nos Estados Unidos, de acordo com acordo firmado com reguladores federais americanos para encerrar uma investigação na qual era acusada de possíveis práticas enganosas.

Com o acordo, a Comissão Federal de Comércio encerra uma investigação de 2 anos sobre a Herbalife e a empresa conseguiu se livrar de acusações mais sérias, como a que estaria operando sob um esquema de pirâmide financeira.

Segundo a agência The Associated Press, pelos termos do acordo a Herbalife terá de reformular seu sistema de gratificação para que as vendas no varejo sejam recompensadas, assim como eliminar os incentivos que premiavam distribuidores por recrutar novas pessoas para vender produtos.

Empresa diz que termos não afetam modelo de negócio

Em comunicado, a Herbalife disse, porém, que os termos não mudam o seu modelo de negócio de venda direta e que as condições do acordo aplicam-se apenas às operações da empresa nos EUA, que representam cerca de 20% das vendas líquidas globais.

“O acordo é o reconhecimento de que o nosso modelo de negócio é sólido e reforça a confiança na nossa capacidade de avançar com sucesso. Caso contrário, não teríamos concordado com as condições”, afirmou Michael O. Johnson, CEO da Herbalife.

A Herbalife também pagará US$ 3 milhões em um acordo separado para encerrar uma investigação de Illinois.

Questionamentos
Fundada em 1980, a Herbalife vende produtors para controle de peso e suplementos nutricionais por meio de uma rede de distribuidores independentes.

O método de vendas, em que algumas pessoas recebem mais dinheiro para o recrutamento de novos distribuidores do que na venda de produtos atraiu críticas e colocou a empresa na mira dos reguladores.

A Herbalife viu suas ações despencarem nos últimos anos e passou a ser alvo de críticas como a do investidor ativista Bill Ackman, que passou a apostar contra a empresa por entender que o negócio se configuraria um ‘esquema de pirâmide financeira’.