Forças Armadas Revolucionárias

O líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Timoleon Jimenez, escreveu uma carta aberta ao Francisco em que pede uma intervenção da Igreja para chegar ao acordo de paz com o governo de Bogotá.

Segundo Jimenez, as Farc “continuarão a fazer todo o possível” para chegar finalmente a um acordo, mas “apareceram no horizonte sérios perigos de tempestades, que ameaçam afundar aquilo que é um grande esforço de todos os colombianos de boa vontade”.

“Organizações paramilitares começaram uma ofensiva criminosa com o objetivo de desmoralizar os amigos da paz. Esta ação nefasta coincide com setores políticos confabulando para tirar proveito da guerra”, disse o líder guerrilheiro em uma clara referência ao ex-presidente colombiano Alvaro Uribe, contrário a um pacto entre as duas partes.

Por este motivo, Jimenez apela ao Pontífice para que a Igreja Católica interfira na questão e faça uma “iniciativa, das suas mais humildes paróquias às mais altas hierarquias, para colocar nos corações confusos o apoio à paz e a reconciliação”.

Em setembro do ano passado, os dois lados (Farc e governo) anunciaram um acordo que deveria ser ratificado em seis meses, no dia 24 de março, mas o prazo foi adiado.

Segundo o vice-presidente da sala de imprensa vaticana, padre Ciro Benedettini, e representantes colombianos, o Papa Francisco teve um “papel decisivo” nas negociações de paz. Como forma de celebrar essas conversas positivas, o Papa anunciou que irá para a Colômbia em 2017.