Eles cobriam a guerra civil no país do Oriente Médio 

Três jornalistas espanhóis, mantidos em cativeiro na Síria há quase 10 meses, voltaram para casa neste domingo e reencontraram seus parentes. Eles foram trazidos por um jato militar enviado à Turquia com este objetivo. Antonio Pampliega, José Manuel Lopez e Angel Sastre cumprimentaram a vice-primeira-ministra espanhola Soraya Saenz de Santamaria na pista da base da força aérea de Torrejon de Ardoz, nos arredores de Madri. Eles, então, sorriram e choraram enquanto parentes correram para abraçá-los.

Imagens do canal de televisão estatal TVE mostraram a chegada dos resgatados, mas os jornalistas foram mantidos longe dos três homens, sendo possível avistar somente uma van azul-escura levando-os para fora da base.

O primeiro-ministro Mariano Rajoy postou uma fotografia dos jornalistas descendo do avião com uma legenda dizendo “Bem-vindos!”, em sua conta oficial no Twitter. Países aliados ajudaram no sentido de garantir a liberação dos jornalistas, segundo comunicado de Rajoy na noite de ontem. Ele destacou Turquia e Catar como auxiliares, “especialmente na fase final” do processo de libertação. Ele não forneceu informações sobre os captores e como eles foram convencidos a libertar os jornalistas.

Os três desapareceram no dia 12 de julho de 2015, perto da cidade de Aleppo, no norte da Síria. Na época, a região estava sob o controle de uma ramificação da Al-Qaeda na Síria conhecida como a Frente Nusra. O ministro dos Negócios Estrangeiros da Espanha, José Manuel Garcia-Margallo, disse que os jornalistas deixaram a Turquia a partir da cidade de Hatay, no sudeste do país, após serem libertados. “Esta aventura tem um final feliz”, disse o ministro.

Segundo a TVE, os jornalistas receberam um telefonema do rei Felipe VI, e disseram que não sabiam onde ficaram detidos na Síria. Segundo a emissora, Lopez explicou que os três foram mantidos presos juntos durante os três primeiros meses. Depois disso, Pampliega foi levado e não foi visto até pouco tempo antes de serem libertados.

Os jornalistas, que forneciam informações para vários meios de comunicação, foram para a Síria cobrir a guerra civil que começou em 2011. Três outros jornalistas espanhóis foram liberados em março de 2014, após serem mantidos reféns por extremistas sírios durante meses. O governo espanhol nunca deu detalhes de como a libertação desses jornalistas foi garantida.