Japão ratifica Acordo de Paris sobre mudança climática
Quatro dias após entrar em vigor
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Quatro dias após entrar em vigor
O Japão ratificou nesta segunda-feira (7) o Acordo de Paris sobre Mudança Climática, quatro dias depois de o tratado entrar em vigor. O país pretende “desempenhar um papel central” na aplicação das diretrizes, segundo o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe.
O Japão está “determinado” para mediar regulação negociações “, de modo a melhorar a transparência da redução das emissões por parte dos países e alcançar os objectivos do Acordo de Paris”, disse terça-feira Abe disse em um comunicado .
No entanto, o atraso na ratificação do Japão irá limitar a sua capacidade de influenciar as negociações durante a cúpula da ONU sobre mudança climática (COP22), que começou na segunda-feira (6) em Marrakesh (Marrocos), com o objetivo de acordar o quadro de aplicação do Acordo de Paris, informou a EFE.
O país “fará todos os esforços para resolver a questão do aquecimento global” e vai fazer das compensações “uma tarefa de alta prioridade”, disse Abe, que deu o exemplo do compromisso do país a decisão de seu governo de reduzir em 26 por cento das emissões de carbono até 2030.
O chefe do Executivo japonês acrescentou que o país vai apostar no desenvolvimento de tecnologias inovadoras para reduzir as emissões sem sacrificar o crescimento econômico, e vai usar sua experiência para ajudar a este respeito para os países em desenvolvimento.
O gabinete japonês espera contribuir com cerca de 1,3 trilhões de ienes (o que equivale a quase R$ 40 bilhões) em pesquisa até 2020.
“A mudança climática é uma questão de agenda global de longo prazo que deve ser abordada por toda a comunidade internacional. O mundo estabeleceu um novo começo para resolver este desafio, e é crucial que todos os países reduzam continuamente a emissão de gases de efeito estufa com base no Acordo de Paris”, pediu Abe.
O Acordo de Paris, o primeiro tratado global para combater as mudanças climáticas destinado a substituir o Protocolo de Kyoto em 2020, tem o objetivo manter o aumento da temperatura média global abaixo de 2 graus Celsius em relação aos níveis pré-industriais.
As cerca de 200 nações que assinaram o acordo em dezembro de 2015 também se comprometeram a tentar que o aumento da temperatura não exceda 1,5 graus.
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