Britânicas são estupradas em encontros de redes sociais

Mulheres são 85% das vítimas do crime, segundo agência do país

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Mulheres são 85% das vítimas do crime, segundo agência do país

O número de denúncias de estupro contra pessoas que se conheceram através de sites de contatos e aplicativos se multiplicou por seis nos últimos cinco anos no Reino Unido, informou a Agência Nacional do Crime (NCA) neste domingo (7).

Em um documento intitulado “Surgimento de uma nova ameaça nos encontros pela internet”, a NCA disse que 184 pessoas denunciaram terem sido estupradas por indivíduos que conheceram através de sites ou aplicativos de relações em 2014, frente aos 33 em 2009.

Das vítimas, 85% estupradas por “estranhos” conhecidos na internet são mulheres. 42% delas tinham entre 20 e 29 anos e 24% entre 40 e 49, indicou a Agência.

O chefe de análise de crimes graves, Sean Sutton, explicou que surgiu “um novo perfil de estuprador”, que em geral não tem antecedentes penais ou histórico criminal, o que dificulta sua identificação inicial.

“Não se pode ver quando um estuprador deste tipo vai aparecer. Serão encantadores, inclusive persuasivos”, advertiu.

Sutton disse ainda que as pessoas costumam ser reticentes a denunciar estupros, e mais ainda se são consequência de contatos pela internet, o que faz a entidade avaliar que o verdadeiro número de casos pode ser “dez vezes superior” do que o indicado pelas estatísticas oficiais.

O policial encorajou as vítimas “a apresentar denúncias”, e afirmou que elas serão tratadas “com seriedade e empatia”.

A Agência Nacional do Crime iniciou uma campanha para conscientizar a população para os riscos dos encontros pela internet e recomendar medidas de precaução.

O organismo aconselhou aos nove milhões de britânicos que utilizam páginas ou aplicativos de contatos, que falem com seu interlocutor sobre o que esperam antes de terem o encontro, e que não se sintam pressionados a ficar se não se sentirem preparados ou com vontade.

Outra recomendação é de se encontrarem em lugares públicos e não se sentirem pressionados a ir para casa de nenhum dos dois, além de tentar conhecer bem a pessoa antes de se aprofundar na relação, “pois os perfis de internet podem ser muito diferentes do que a pessoa real”.

Por último, a NCA aconselhou “cortar a relação pela raiz e sem remorsos se uma parte descobre que não tem vontade de seguir adiante”.

Outra pesquisa recente da agência britânica de notícias Press Association (PA) revelou que os crimes vinculados a sites ou aplicativos de contatos, como Tinder e Grindr, aumentaram sete vezes entre 2013 e 2015.

 

 

 

 

 

 

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