Uma menina síria morreu e 13 pessoas estão desaparecidas ao largo da Grécia
O mundo parou para chorar a morte de Aylan Kurdi, o menino sírio cujo corpo vimos na praia, de barriga para baixo
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O mundo parou para chorar a morte de Aylan Kurdi, o menino sírio cujo corpo vimos na praia, de barriga para baixo
No início do mês, o mundo parou para chorar a morte de Aylan Kurdi, o menino sírio cujo corpo vimos na praia, de barriga para baixo. O choque, porém, não abrandou o ritmo das viagens de barco ao largo da Grécia de pessoas desesperadas que procuram na Europa uma forma de continuar a viver. A travessia, que se faz da Turquia, é, no entanto, um risco e neste sábado mais uma menina morreu. 13 pessoas estarão desaparecidas no mar.
Escreve a agência grega ANA que a menina encontrada neste sábado teria à volta de cinco anos. Foi resgatada do mar inconsciente e chegou ao hospital sem vida, depois de o barco onde viajava ter naufragado ao largo de Lesbos, a ilha aonde todos os dias chegam novas pessoas. Segundo a guarda costeira grega, foram resgatadas com vida 11 pessoas e procuram-se ainda outros sobreviventes.
“Disseram-nos que estavam 26 pessoas no barco”, disse uma porta-voz da guarda-costeira, revelando que entre os sobreviventes estava ainda outra criança, cuja idade não foi revelada. Um homem resgatado do mar teve de ser socorrido no hospital com sinais de hipotermia.
Nos últimos meses, dezenas de milhares de refugiados, na sua maioria sírios, têm recorrido a pequenas embarcações, que partem da Turquia, para chegar à Grécia na esperança de ali começarem uma nova jornada na procura por um país onde possam viver em segurança. Muitos dos barcos onde viajam são tantas vezes de borracha, sem quaisquer condições de segurança.
Ainda esta semana, na terça-feira, 22 migrantes morreram e 200 foram resgatados quando tentavam chegar à ilha grega de Kos, e no último domingo 34 pessoas, quase metade bebés e crianças, afogaram-se quando o barco onde viajavam naufragou ao largo da pequena ilha de Farmakonisi. Do quase meio milhão de refugiados e migrantes que fizeram a sua viagem para a Europa via Mediterrâneo, 309 mil fizeram-no pela Grécia, segundo os números da Organização Internacional para as Migrações (OIM). Só em Julho e Agosto, a Grécia registou a entrada de 150 mil pessoas.
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