Cinco países têm forte arsenal nuclear

A primeira bomba atômica da história foi lançada há 70 anos, em um ato de guerra, matando cerca de 70 mil pessoas em Hiroshima, no Japão. O bombardeio em 1945 por um avião de guerra norte-americano, e um segundo em Nagasaki, três dias depois, são apontados como responsáveis pelo fim da 2ª Guerra Mundial.

Conheça abaixo os alvos que entraram na mira dos EUA na ocasião:

Os donos do arsenal nuclear

Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) são aqueles que oficialmente possuem armas nucleares. São eles: Reino Unido, Rússia, EUA, China e França.

No Reino Unido, o atual sistema militar de armas nucleares, chamado Trident, é alvo frequente de críticas de políticos pelo alto custo de manutenção e pelo caráter supostamente desnecessário dentro da missão de preservar a paz mundial.

Mas o governo do Partido Conservador defende que o Trident permite ao Reino Unido ter voz nas principais mesas da comunidade internacional e serve como último recurso para evitar uma guerra extrema. Porém, existem ainda quatro países que não são reconhecidos como “Estados Nucleares”.

A Índia conduziu um teste bem-sucedido com armas nucleares em 1974, embora tenha uma política de “não usar primeiro” e de só agir em eventual necessidade de retaliação. Quando o país se aproximou de conseguir produzir sua bomba, o vizinho Paquistão iniciou seu próprio projeto, por causa das tensões entre ambos. Como se trata do único país muçulmano com capacidades nucleares, alguns classificam o potencial paquistanês como “a bomba islâmica”.

A Coréia do Norte já foi alvo de forte reprovação por seus sucessivos testes nucleares. O país, no entanto, não tem a tecnologia para montar uma ogiva nuclear em um míssil de longo alcance. Acredita-se que Israel tenha armas nucleares desde 1966, mas o país nunca reconheceu essa posse.

Por mais de dez anos, o Conselho de Segurança da ONU manifesta preocupação com o possível desenvolvimento de armas nucleares pelo Irã, embora mediante acordo recente o país tenha se comprometido a “limitar de forma significativa suas atividades nucleares mais sensíveis”.

O Irã sempre argumentou que seus testes nucleares não têm fins bélicos, mas para aplicações em energia, como fazem países como Japão e Alemanha, visando evitar a dependência de reservas decrescentes de petróleo. 

Em 6 de agosto de 1945, estima-se que 70 mil pessoas tenham morrido no bombardeio de Hiroshima. E muito mais pessoas morreram em decorrência de terríveis ferimentos causados pela radiação, semanas e meses depois.

A estimativa é que o número combinado de mortes em decorrência desse bombardeio, e o de Nagasaki dias depois, tenha superado 140 mil. Na última quinta-feira, japoneses de todo o país observaram um minuto de silêncio para marcar o 70º aniversário da tragédia. Em Hiroshima, um sino soou às 8h15 – horário em que a aeronave americana B-29 Enola Gay lançou a bomba que arrasou a cidade.