Em Sellia, moradores que não realizam exames periódicos de saúde pagam mais impostos

O pequeno município de Sellia, no sul do , aprovou uma medida que visa a penalizar moradores que não cuidam da própria saúde. Lá, quem não fizer exames de saúde regularmente vai pagar mais impostos. O objetivo é conter o despovoamento da cidadezinha, onde seis em cada dez moradores são aposentados.

A população de Sellia, localizada na Calábria, caiu de 1.500 pessoas na década de 50 para pouco mais de 500 moradores atualmente. A ordem municipal que pretende “banir doenças” convida os poucos moradores que ainda vivem no cenário medieval de Sellia a se “preocuparem com a saúde”, explicou o da cidade, Davide Zicchinella, que é pediatra.

Zicchinella explicou que foi criado “todo um sistema para cuidarmos da saúde de nossos cidadãos” com a abertura de um centro de saúde, um ambulatório e uma rede de transporte de pessoas ao hospital mais próximo, o de Catanzaro. Mas em troca destes serviços, os cidadãos deverão cuidar de sua saúde.

“Se a cidade for diminuindo, não pode continuar de pé”, disse.

Na Itália, a idade média dos moradores supera os 44 anos, segundo o Instituto de Estatísticas italiano, Istat, e a população registra nos últimos anos um crescimento praticamente nulo que tem como consequência uma população envelhecida.

Gangi, cidade italiana da Sicília, adotou outra medida para evitar o despovoamento. O prefeito anunciou em junho que as casas abandonadas da cidade seriam vendidas a preços simbólicos, com a condição de que os novos proprietários reformem as velhas construções e tornem a residência habitável nos próximos quatro anos.