ONU pede mais proteção para jornalistas em zonas de conflito
A resolução é o segundo texto que o órgão da ONU dedica à defesa dos profissionais de comunicação social
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A resolução é o segundo texto que o órgão da ONU dedica à defesa dos profissionais de comunicação social
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou hoje (27) uma resolução em que pede maior proteção para os jornalistas que estão em zonas de conflito. É uma resposta às diversas ameaças que esses profissionais enfrentam, incluindo o terrorismo.
Aprovada por unanimidade, a resolução é o segundo texto que o órgão da ONU dedica à defesa dos profissionais de comunicação social. O primeiro foi aprovado em 2006.
O novo texto pretende reforçar a proteção dos jornalistas e esclarecer que, em muitos casos, a segurança das populações civis afetadas por conflitos depende do trabalho desenvolvido por esses profissionais.
“O trabalho dos meios de comunicação social livres, independentes e imparciais, constitui uma das bases essenciais de uma sociedade democrática e, portanto, pode contribuir para a proteção dos civis”, assinalou o documento.
No mesmo texto, o Conselho de Segurança condenou todos os ataques perpetrados contra a comunicação social, denunciando “a impunidade que impera em relação às violações e aos abusos cometidos contra jornalistas” em situações de guerra. Também destaca que os Estados são responsáveis por apresentar os autores dessas violações e ataques à Justiça.
Segundo a resolução, as partes em conflito devem respeitar “plenamente” as obrigações apresentadas pela lei internacional a propósito da proteção de civis em conflitos armados, incluindo os jornalistas e outros trabalhadores da área da comunicação social.
Também é destaque no documento a necessidade de mais cooperação internacional neste domínio e o compromisso de recolher, no âmbito dos mandatos das missões de paz da ONU, informações sobre a violência contra a imprensa.
O documento foi aprovado no início de um debate no Conselho de Segurança da ONU dedicado exclusivamente a esse tema e do qual participaram, entre outros nomes, o secretário-geral da organização internacional Repórteres sem Fronteiras, Christophe Deloire, e a jornalista francesa Mariane Pearl, viúva do repórter norte-americano do Wall Street Journal Daniel Pearl, que foi sequestrado e assassinado por terroristas no Paquistão em 2002.
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