Hospitais do país não conseguem tratar os feridos

O número de mortos no forte terremoto que atingiu o Nepal no sábado subiu para 4,310 mil, e os feridos passam de oito mil. A ONU acredita que quase 1,5 milhão de pessoas precisam de agua e comida. O grande desafio é fazer a ajuda chegar onde ela é mais necessária.

O Nepal é um país pobre e com essa tragédia a infraestrutura do país ficou ainda mais comprometida. Os hospitais do país não conseguem tratar os feridos, que chegam a quase oito mil.

As Nações Unidas divulgaram números que dão uma dimensão da tragédia. A ONU afirma que oito milhões de pessoas – o que representa um quarto da população do Nepal – foram afetadas de alguma forma pela tragédia.

Os tremores secundários continuam assustando as pessoas. Muitas dormiram a terceira noite consecutiva ao ar livre por causa do medo de novos desabamentos. Nos abrigos faltam água e comida. As Nações Unidas alertam para o perigo de disseminação de doenças contagiosas.

A situação é pior no interior, onde cerca de 90% da população sofre com as consequências dos tremores.

O governo do Nepal faz um apelo à comunidade internacional e pediu de tudo, desde médicos e helicópteros a remédios e material médico. O Unicef prometeu enviar 120 toneladas de equipamento, mas outro problema é fazer chegar a quem precisa.

O Aeroporto de Katmandu só tem capacidade para oito aviões de grande porte e está lotado de gente querendo sair do país. É difícil administrar a retirada com a distribuição de ajuda e a chegada das equipes de resgate que vêm do mundo inteiro.

Em meio à destruição, os nepaleses já começaram o trabalho de limpeza e reconstrução e tentam recuperar o que sobrou de templos e monumentos históricos arrasados pelo terremoto.