Novas evidências reforçam a teoria de que Jesus era casado

“Evangelho da Esposa de Jesus”,  traz também uma referência a uma discípula chamada Maria

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“Evangelho da Esposa de Jesus”,  traz também uma referência a uma discípula chamada Maria

Novos testes em um controverso fragmento de papiro reforçam as evidências de que Jesus tinha uma esposa. O “Evangelho da Esposa de Jesus”, como foi nomeado, é um excerto, não maior do que um cartão de crédito, contendo um texto cóptico que traria referências de Jesus dizendo as palavras “minha esposa” e também se referindo a uma discípula chamada “Maria”. As informações são do The Independent .

Estudos feitos no ano passado estipularam que o documento foi originado entre os séculos VI e IX Depois de Cristo (D.C.). Mas Christian Askeland, pesquisador associado do Instituto de Pesquisa Bíblica e Septuaginta de Wuppertal, na Alemanha, acredita que as similaridades entre o evangelho e o papiro contendo o Evangelho de João indicam que ambos são falsos.

Segundo o professor, a datação feita por radiocarbono mostrou que o Evangelho de João foi escrito há 1200 anos e em uma língua extinta há 300, portanto, o documento era falso. De acordo com ele, a chance do Evangelho da Esposa de Jesus ter sido escrito pelo mesmo autor é grande, o que comprovaria que ambos são forjados.

Porém, pesquisadores da Universidade de Columbia estão fazendo novos testes e dizem que os primeiros resultados descartam a teoria de Askeland.

James Yardley, que está trabalhando nas pesquisas, disse à publicação LiveScience que “em nossos primeiros testes, já podemos dizer que as tintas usadas nos dois papiros (no Evangelho da Esposa de Jesus e no Evangelho de João) são bem diferentes. Os resultados recentes confirmam fortemente essa observação”. Yardley afirmou que não daria mais detalhes até que o estudo fosse divulgado.

Apesar das evidências levarem a crer que o evangelho encontrado seja verdadeiro, ainda não há uma resposta de como isso afetaria o cristianismo.

A professora Karen King, especialista da área de teologia de Harvard, que anunciou a descoberta do texto em 2012, disse que enquanto o documento não prova concretamente que Jesus tinha uma esposa, ele pode iniciar um debate sobre os primeiros cristãos e se o “modo ideal” de viver é o celibatário.

Ela também já havia afirmado no ano passado que o “principal tópico” do papiro é se mulheres que eram mães e esposas também podiam ser discípulas. “Esse fragmento do Evangelho nos dá um motivo para reconsiderar o que pensávamos saber sobre o status conjugal de Jesus e as controvérsias que isso gerou na forma que os cristãos encaram o casamento, celibato e família”, afirmou a pesquisadora em 2012, época da descoberta.

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