Presidente se reuniu com líderes da Alemanha, Japão e Índia em Nova York

A presidente Dilma Rousseff defendeu neste sábado (26), em Nova York, uma reforma no Conselho de Segurança da ONU. Ela falou com jornalistas após participar de uma reunião com líderes do Japão, Alemanha e Índia para tratar do tema.

“A reforma do Conselho de Segurança da ONU permanece como a principal questão pendente na agenda da ONU. Nós precisamos de um conselho que reflita adequadamente  a nova correlação de forças mundial”, afirmou a presidente.

Dilma chegou a Nova York na manhã de sexta-feira (25). Nos próximos dias, ela vai participar de encontros de cúpula e da abertura da Assembleia-Geral da ONU.

Brasil, Alemanha, Japão e Índia formam o chamado G4, grupo criado para pleitear mudanças no Conselho de Segurança. Atualmente, o órgão conta com cinco integrantes fixos: Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China, além de outros dez países que são rotativos e  mudam a cada dois anos.

“Precisamos de um Conselho de Segurança representativo, legítimo e eficaz. Reafirmo nessas palavras iniciais o firme compromisso do Brasil com o G4, com o nosso objetivo comum de fortalecer o sistema multilateral de paz e segurança”, continuou Dilma.

Ao final do encontro, os chefes de Estado divulgaram um comunicado conjunto, assinado pelos quatro. O texto enfatiza que os países do G-4 são candidatos legítimos a membros permanentes do conselho. No documento, divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores, os líderes também se comprometem a trabalhar em parceria para uma reforma “rápida e significativa” do Conselho de Segurança da ONU.

 

Refugiados

Após a reunião, a presidente disse a jornalistas que o Brasil é um “país de refugiados” e que está “de braços abertos” para receber pessoas de outros países que precisem se deslocar.

“Nós somos um país continental e todos os refugiados que quiserem vir trabalhar, viver em paz, ajudar a construir o país, criar seus filhos, desenvolver e viver com dignidade, nós estamos de braços abertos.”

Ela afirmou ainda que, mesmo com as dificuldades enfrentadas pelo Brasil, o país tem condições de receber refugiados.

“Temos hoje no Brasil uma população síria muito expressiva, que mora, vive, trabalha e cria seus filhos, tem seus amigos, seus parentes no Brasil (…). Mesmo nós que enfrentamos as nossas dificuldades, isso não significa que no nosso país não caiba sempre mais pessoas.”