Qualquer outras explicação parecem ser informações não verificadas ou algum tipo de especulação

O governo britânico anunciou nesta quinta-feira que está preparando medidas de emergência para evacuar os cidadãos de férias no balneário egípcio de Sharm el-Sheikh para o Reino Unido, um dia depois de Londres afirmar que o avião russo que caiu na região do Sinai pode ter sido derrubado por dispositivos explosivos. A medida, no entanto, foi criticada por autoridades russas e egípcias. Para Moscou, que prometeu continuar voando para o Sinai, ainda é muito cedo para especular as causas da queda e a suspensão dos voos. O Kremlin disse ainda que a suspensão dos voos são uma manobra para pressionara Rússia sobre os ataques na Síria, segundo um político russo Konstantin Kosachyov.

— Qualquer versão do que ocorreu e as razões apontadas só podem ser feiras por uma investigação, e ainda não temos nenhum anúncio do inquérito até agora. — disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a jornalistas. — Qualquer outras explicação parecem ser informações não verificadas ou algum tipo de especulação.

As declaração são uma resposta à afirmação do ministro do Exterior britânico, Philip Hammond, que apontou uma possibilidade significativa de que o braço egípcio do grupo Estado Islâmico havia orquestrado um ataque a bomba no avião russo. O premier Dmitry Medvedev também disse ser cedo para tirar conclusões sobre as causas do acidente, mas ordenou que sejam estudadas medidas de segurança adicionais.

Kosachyov, que preside a comissão externa do Parlamento russo, disse que a decisão do Reino Unido era uma tentativa de por “pressão psicológica” na Rússia sobre seus ataques aéreos contra rebeldes sírios.

No Egito, o presidente Abdel Fatah al-Sisi rejeitou mais uma vez a possibilidade de que terroristas derrubaram o avião russo, enquanto o ministro da Aviação do país anunciou que não há indicação para sugerir que uma explosão derrubou a aeronave. Sisi se encontra na tarde desta quinta-feira em Londres com o primeiro ministro David Cameron.
 

No balneário egípcio, o clima é de ansiedade. A britânica Amy Watson, hospedada no Sharm el-Sheikh, disse que a decisão britânica de cancelar os voos levou pânico ao resort, mas sidde que apoia a decisão e que os turistas estavam bem tratados.

O Airbus A321M da companhia Kogalymavia — que opera sob o nome de Metrojet — decolou do balneário de Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho, a São Petersburgo quando perdeu contato 23 minutos após a decolagem no sábado. A aeronave caiu na Península do Sinai, e todas as 224 pessoas a bordo morreram.

O diretor do aeroporto, Adel Mahgoub, foi substituído por um piloto local, Emad al-Balasi. Apesar da medida, a aviação civil egípcia descartou que ela tenha a ver com uma punição ou mudanças drásticas na segurança do local.