Justiça da Espanha acusa 10 padres católicos de cometerem abuso sexual

Francisco disse em novembro que havia ordenado uma investigação na Igreja

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Francisco disse em novembro que havia ordenado uma investigação na Igreja

Dez padres espanhóis foram acusados de abuso sexual de crianças nesta terça-feira num caso apresentado depois que o papa Francisco telefonou para a vítima para pedir desculpas em nome da Igreja Católica, revelaram documentos judiciais.

A vítima, agora com 24 anos, escreveu ao papa para dizer que tinha sido molestado quando era coroinha. O papa telefonou ao homem em agosto para se desculpar, segundo o site de notícias Religión Digital em novembro, uma reportagem confirmada mais tarde pelo próprio pontífice.

Francisco disse em novembro que havia ordenado uma investigação na Igreja. O arcebispo de Granada, Francisco Javier Martínez, afastou de suas funções vários sacerdotes relacionados ao caso.

A vítima disse que o abuso aconteceu durante um período de anos, dos 14 aos 17 anos, numa casa alugada pelos agressores num subúrbio de Granada, sul da Espanha, disse o tribunal.

O papa Francisco prometeu uma política de tolerância zero para o abuso sexual de crianças por clérigos após escândalos da Igreja em vários países ao longo de muitos anos. Grupos que representam as vítimas dizem que ele ainda não fez o suficiente.

O Vaticano afirmou no ano passado que tinha excomungado cerca de 850 padres entre 2004 e 2013 acusados de abusos sexuais de menores.