Francesa conquista direito a pensão por ‘alergia a eletromagnetismo’

Marine Richard, de 39 anos, receberá €800 (R$2.400) por mês durante três anos

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Marine Richard, de 39 anos, receberá €800 (R$2.400) por mês durante três anos

Uma francesa ganhou o direito de receber uma pensão por invalidez por ter alergia à radiação eletromagnética de aparelhos eletrônicos.

Marine Richard, de 39 anos, receberá €800 (R$2.400) por mês durante três anos.

Ela considerou a decisão uma “conquista” para pessoas afetadas pela hipersensibilidade eletromagnética, também conhecida como EHS na sigla em inglês.

Esta não é uma doença reconhecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde), que diz que suas causas não estão claras.

Richard diz que teve que mudar sua vida e passar a viver em uma área remota nas montanhas no sudeste francês, em um celeiro que não tem eletricidade.

Ela afirma ser afetada por eletrônicos comuns, como telefones celulares.

Os sintomas mais comuns relatados por quem diz sofrer desta condição incluem dores de cabeça, cansaço, náusea e palpitações.

 

Efeitos

Estas ondas eletromagnéticas estão ao redor de todos nós atualmente, mas não podem ser vistas.

Nos últimos anos, muitos cientistas têm pesquisado os efeitos de máquinas raio-x, televisões, rádios, celulares, internet, micro-ondas e outras fontes de eletromagnetismo.

Algumas pessoas alegam enfrentar problemas por causa destas ondas de energia e países como Suécia e Estados Unidos reconhecem esta condição como uma doença.

No entanto, a OMS diz não haver evidências científicas de que campos eletromagnéticos podem ser prejudiciais à saúde e defende que mais pesquisas sejam feitas sobre seus efeitos a longo prazo.

A pensão de Richard, determinada por um tribunal de Toulouse, não reconheceu a EHS como uma doença.

 

Escola processada

Em um outro caso, nos Estados Unidos, os pais de um menino de 12 anos dizem que ele foi diagnosticado com a hipersensibilidade eletromagnética.

Eles afirmam que seu filho é afetado pela conexão de internet sem fio de sua escola.

O menino teria passado a sentir dor de cabeça, sangramentos no nariz e náuseas após a rede sem fio ter sido instalada em 2013.

A escola pediu a uma empresa especializada em tecnologia de comunicação, a Isotrope, para avaliar as emissões de ondas eletromagnéticas em suas instalações.

“A Isotrope chegou à conclusão que os níveis combinados de emissões de ondas de rádio, internet, televisão, entre outros, estão dentro dos limites de segurança federal e estadual”, disse a escola em uma nota.

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