França confirma que peça de asa achada no Índico é de voo desaparecido

A peça – um flaperon, que ajuda a aeronave a subir – foi examinada na França por especialistas em aviação

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A peça – um flaperon, que ajuda a aeronave a subir – foi examinada na França por especialistas em aviação

Promotores francesas dizem ter certeza de que a peça da asa de avião encontrada na ilha Reunião, no oceano Índico, em julho, é do voo MH370, da Malaysia Airlines. A peça – um flaperon, que ajuda a aeronave a subir – foi examinada na França por especialistas em aviação.

Autoridades do país realizaram buscas por mais destroços na ilha e no seu entorno após o flaperon ter sido achado.

A aeronave da Malaysia Airlines levava 239 passageiros entre Kuala Lumpur e Pequim, em março de 2014, quando mudou de rota e desapareceu – um acidente que até hoje não foi plenamente esclarecido.

A confirmação de que a peça era desta aeronave pode permitir que se avance nas investigações do caso.

 

Evidências

Para o professor brasileiro Moacyr Duarte, coordenador do Grupo de Análise de Risco Tecnológico e Ambiental da Coppe/UFRJ, a confirmação reforça evidências anteriores sobre o destino do voo.

Isso por causa das correntes marítimas que circulam no oceano Índico: uma delas chega à ilha Reunião depois de passar pela costa oeste da Austrália – e uma hipótese considerava a possibilidade de o avião ter caído justamente ali.

“O fato de a peça ter sido achada na ilha Reunião confirma que o voo deve ter realmente caído no oeste da Austrália”, disse Duarte no início de agosto, quando o governo da Malásia já afirmava ser “muito provável” que o flaperon fosse do MH370.

No entanto, Richard Westcott, analista da BBC para o setor de transportes, disse na época considerar improvável que pequenas partes como um pedaço de asa revelem muito mais sobre o que ocorreu a bordo.

Greg Waldron, da empresa de notícias e análises em aviação Flightglobal, lembra que o fundamental para desvendar o mistério é a caixa-preta, que não foi localizada. “Uma peça apenas não irá resolver”, afirmou.

 

 

 

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