Família de jornalista australiano da Al-Jazeera pede sua extradição

A família se apoia em decreto promulgado em novembro pelo presidente egípcio

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A família se apoia em decreto promulgado em novembro pelo presidente egípcio

A defesa do jornalista australiano da rede de televisão do Catar Al-Jazeera preso no Egito junto a dois colegas exige que ele seja expulso do país, anunciou nesta sexta-feira a sua família, enquanto a justiça egípcia voltará a julgá-los.

Na quinta-feira, a justiça egípcia ordenou um novo processo para Peter Greste, para o egípcio-canadense Mohamed Fadel Fahmy e para o egípcio Baher Mohamed, condenados entre sete e dez anos de prisão por apoio ao movimento Irmandade Muçulmana.

Andrew e Mike, irmãos de Peter Greste, consideraram que a decisão do Tribunal de Cassação representava “um passo positivo no processo judicial, mais um passo para que a justiça seja feita”.

A família se apoia em um decreto promulgado em novembro pelo presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sissi, que autoriza a extradição aos seus países de origem dos estrangeiros condenados a penas de prisão ou em julgamento.

“É a melhor forma para que Peter volte para asa”, consideraram.

Já a ministra das Relações Exteriores australiana, Julie Bishop, ressaltou que o decreto nunca foi aplicado.

“A legislação não é muito clara, é uma lei nova. Mas prevê a possibilidade de que os detidos sejam transferidos aos seus países de origem, nesse caso a Austrália”, declarou à Australian Broadcasting Corporation.

Os três jornalistas foram detidos em dezembro de 2013. Em junho, os dois primeiros foram condenados a sete anos de prisão e o terceiro a dez, penas que desencadearam a condenação internacional.

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