Equador declara estado de exceção por atividade de vulcão

Vulcão está inativo há 140 anos

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Vulcão está inativo há 140 anos

O presidente do Equador, Rafael Correa, decretou neste sábado o estado de exceção após a atividade incomum do vulcão Cotopaxi, situado no centro do país e que emanou cinza e fluxos piroclásticos, e, como forma preventiva, ordenou a retirada da população que vive na região.

“Declare-se o estado de exceção em todo o território nacional para enfrentar o processo eruptivo do vulcão Cotopaxi”, diz o documento.

O texto ressalta a participação de todos os membros das forças armadas e da Polícia Nacional para que o Ministério da Defesa e o Ministério Coordenador de Segurança utilize o que estiver ao seu alcance para enfrentar a emergência. De acordo com a imprensa local, o vulcão está inativo há 140 anos.

No decreto, Correa também diz que coloca à disposição do Ministério das Finanças todos os fundos públicos destinados a outras finalidades para enfrentar a situação, exceto os correspondentes a saúde e educação.

“Declaro a mobilização nacional em todo o território para enfrentar esta emergência e para todos os pedidos feitos, em conformidade com as ordens que o gabinete setorial de segurança estabeleça, podendo suspender os direitos constitucionais à inviolabilidade de domicílio, de passagem, de reunião e de correspondência”, acrescenta.

O documento destaca que, para garantir a segurança da população, será instalada “a censura prévia na informação sobre o processo de erupção do vulcão Cotopaxi que os meios de comunicação emitam”.

“Os cidadãos só poderão ser informados pelos boletins oficiais que serão emitidos pelo Ministério Coordenador de Segurança ficando proibida a difusão de informação não autorizada por qualquer meio de comunicação, seja público ou privado ou através de redes sociais”, determina.

De acordo com o decreto, a censura prévia será “restrita à informação relacionada a esta emergência”.

“O estado de exceção irá durar o tempo necessário para enfrentar o processo eruptivo do vulcão Cotopaxi, mas não poderá estender-se por mais de 60 dias”, finaliza o documento.