Ebola interrompe luta contra o HIV em Serra Leoa, diz ONU
Pode haver um impacto positivo do surto do ebola nas taxas de infecção do HIV no oeste africano
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Pode haver um impacto positivo do surto do ebola nas taxas de infecção do HIV no oeste africano
O surto do ebola no oeste africano interrompeu o progresso no combate ao HIV em Serra Leoa, fechando clínicas de saúde e assustando pacientes de serem testados ou buscar tratamento, disse a Organização das Nações Unidas.
Em um documento interno visto pela Thomson Reuters Foundation, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) levantou preocupações de que o predomínio do HIV e resistência a drogas no país podem subir.
O pior surto do ebola matou mais de 9.500 pessoas, infectou mais de 23.500 outras e pressionou os sistemas de saúde, já fracos, de Serra Leoa, Guiné e Libéria.
“Hospitais fecharam porque ficaram lotados de pacientes com ebola e os pacientes livres do vírus estão com medo de ir e serem contaminados”, disse Hakan Bjorkman, que cuida do programa de combate à Aids do Pnud.
“As atividades de prevenção ao HIV nas escolas e conscientização para a população geral foram suspensas devido à restrição do movimento, do encerramento das instituições educacionais e do banimento geral de reuniões públicas”, completou.
Cerca de 25 por cento dos pacientes que recebem terapia com antirretrovirais para o vírus que causa Aids estão faltando aos compromissos clínicos em Freetown, capital de Serra Leoa, e arredores, onde estão as comunidades mais afetadas pelo ebola, disse Bjorkman.
Pelo menos 70% dos testes de HIV foram negados, e serviços de aconselhamento e medidas logísticas mostram que as drogas essenciais para o combate ao HIV estão ou expirando ou saindo rapidamente do estoque, de acordo com um documento do Pnud que foi divulgado internamente em dezembro.
“Se (a questão) não for enfrentada rapidamente, nós arriscamos que o vírus se espalhe para mais pessoas, teremos mais pessoas morrendo de doenças oportunistas, como tuberculose, e o vírus vai ganhar resistência às nossas drogas”, disse Bjorkman à Thomson Reuters Foundation, de Genebra, por telefone.
Cerca de 58.000 pessoas estão vivendo com HIV em Serra Leoa, país com cerca de 6 milhões de habitantes. Cerca de um terço dos afetados precisa de antirretrovirais para sobreviver, no entanto, como em junho de 2014, somente 10.673 pessoas receberam o tratamento, de acordo com o relatório.
Bjorkman disse que o Fundo Global para Combate à Aids, Tuberculose e Malária forneceu 55 milhões de dólares para o combate à Aids em Serra Leoa entre 2013 e 2015, mas até agora somente 25 milhões foram gastos, parcialmente por conta do ebola.
“Nós precisamos começar aconselhamento e testes em grupos de alto risco, procurar os pacientes que faltaram aos tratamentos e recomeçar campanhas em escolas e locais públicos agora que as proibições foram levantados”, disse.
Pode haver, no entanto, um impacto positivo do surto do ebola nas taxas de infecção do HIV no oeste africano.
“As pessoas estão com medo de fazer sexo por conta do ebola, o que pode ter um impacto em reduzir a infecção do HIV também”, disse Bjorkman, destacando que o portador do ebola precisa também usar preservativos e não só lavar as mãos.
Notícias mais lidas agora
- Chuva chega forte e alaga ruas da região norte de Campo Grande
- Há 13 anos, casa no bairro Santo Antônio é decorada por Elizabeth com enfeites únicos de Natal
- Pais são presos após bebê de 2 meses ser queimado com cigarro e agredido em MS
- VÍDEO: Moradores denunciam mulher por racismo e homofobia em condomínio: ‘viadinho’
Últimas Notícias
Guilherme Caribé é prata nos 100m livre no Mundial de piscina curta
De quebra, ele estabeleceu novo recorde sul-americano
Relator da Tributária na Câmara diz que grupo de trabalho se reunirá no domingo
A votação em plenário, segundo ele, pode ocorrer na segunda-feira ou na terça-feira
STF tem quatro votos para garantir policiamento das guardas municipais
O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou nesta quinta-feira (12), em Brasília, o julgamento que trata da competência das guardas municipais para realizar policiamento ostensivo em vias públicas. Até o momento, a Corte tem o placar de quatro votos a um para garantir que as guardas municipais podem realizar policiamento preventivo e comunitário. Diante do adiantado…
Homem é preso em flagrante após furtar calcinhas em loja
Preso por furtar calcinhas, um ferro, mochilas e perfume
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.