Crise migratória e atentados terroristas marcam cenário em 2015
Número de refugiados no mundo aumentou 45%
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Número de refugiados no mundo aumentou 45%
O ano de 2015 foi marcado pela crise dos refugiados, considerada a mais grave desde a Segunda Guerra Mundial. O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) estima que o número de pessoas deslocadas no mundo deve ser recorde em 2015 e ultrapassar os 60 milhões.
Os conflitos, na Síria, entre o governo do presidente Bashar Al Assad e grupos extremistas como o Estado Islâmico foram um dos principais responsáveis pelo recorde de refugiados e deslocados internos no mundo este ano.
De acordo com o Acnur, o número de refugiados no mundo aumentou 45% desde 2011. Os países da África Subsaariana acolhem a maioria dos refugiados (4,1 milhões), seguidos da Ásia e do Pacífico (3,8 milhões), da Europa (3,5 milhões), do Oriente Médio e da África do Norte (3 milhões). Um total de 753 mil refugiados vive no Continente Americano.
A imagem do menino sírio Aylan Kurdi, de 3 anos, morto em uma praia da Turquia fez com que a crise migratória ganhasse maior repercussão internacional. Ele, o irmão de 5 anos, a mãe e outros refugiados morreram afogados ao tentar alcançar a ilha grega de Kos e entrar na Europa.
Desde janeiro, 1 milhão de imigrantes chegaram à Europa, a maioria pelo Mediterrâneo, anunciaram a Organização Internacional para as Migrações (OIM) e o Acnur no dia 22 de dezembro.
“O total representa o fluxo migratório mais elevado desde a Segunda Guerra Mundial na Europa”, informou a OIM. Em 2014, mais de 219 mil migrantes tinham atravessado o Mediterrâneo. A OIM informou ainda que 3.692 pessoas morreram ou estão desaparecidas no mar.
Ainda segundo o Acnur e a OIM, dentre os migrantes que atravessaram o Mediterrâneo este ano, uma pessoa a cada duas era síria e fugia da guerra em seu país”. Os afegãos representam 20% e os iraquianos 7% dos que chegaram ao continente europeu.
Atentados
Estado sírio. O EI é um grupo sem muito objetivo a não ser o terror pelo terror. Não há coerência política nem ideológica”, afirmou Mortean.
Para o professor, o processo de resolução dos conflitos na região é complexo.“Temos no Oriente Médio uma diversidade de tipos de regimes e governos, muitas facetas multiculturais. É muito complicado chegar a um mínimo denominador comum em qualquer assunto, pois são etnicamente diversos e têm problemas milenares com isso. Quanto menos interferência ocidental e midiática melhor”, acredita Mortean.
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