A equipe concluiu que o ciberataque foi causado “por um grupo de hackers norte-coreanos”

Uma equipe de investigação da afirmou nesta terça-feira que foi a Coreia do Norte e não um hacker local o responsável pelo roubo, vazamento e publicação de dados sobre suas usinas nucleares, caso que gerou grande polêmica no país.

A equipe concluiu que o ciberataque foi causado “por um grupo de hackers norte-coreanos”, pois o código malicioso que utilizaram é similar ao empregado em algumas ocasiões anteriores pelos piratas virtuais do regime de Kim Jong-un, segundo o resultado da investigação apresentado hoje.

Em dezembro do ano passado, um hacker anônimo que se identificou como um ativista antinuclear divulgou na internet planos e dados de reatores de usinas nucleares da Coreia do Sul obtidos ilegalmente, e ameaçou realizar mais “vazamentos” caso as centrais não fossem fechadas.

O suposto hacker reiterou suas ameaças na semana passada, quando publicou mais documentos e exigiu dinheiro em troca de não entregar a outros países informação confidencial.

“Descobrimos que muitos endereços de internet utilizados nos ataques estavam localizados na Coreia do Norte”, explicou um responsável da equipe de investigação para a agência local “Yonhap”.

Os norte-coreanos teriam realizado os ataques virtuais “com o objetivo de causar mal-estar social e agitar o povo” na vizinha Coreia do Sul, segundo as conclusões da investigação.

A equipe de Seul também afirmou que a informação vazada não tinha relação com a tecnologia mais importante dos reatores e portanto não houve ameaça para a segurança das usinas atômicas.

A KHNP opera os 23 reatores nucleares comerciais da Coreia do Sul, que fornecem aproximadamente 30% da energia consumida pelo país.