Governo afirma que pode “miniaturizar” ogivas

A Coreia do Norte já possui a tecnologia para “miniaturizar” as ogivas nucleares para poder montar seus mísseis, informou o porta-voz da Comissão Nacional de Defesa do país através da agência de notícias Kcna nesta quarta-feira (20). Mesmo sem que haja a possibilidade de verificar a informação, a notícia é mais um motivo de tensão na região após um suposto teste de lançamento de míssil feito por um submarino.   

“Há tempos nós iniciamos a miniaturizar e diversificar os nossos instrumentos de ataque nuclear”, informou o porta-voz do órgão mais alto do país, que é gerido diretamente pelo presidente Kim Jong-un. Segundo ele, essa “diversificação” foi o que permitiu que o lançamento feito por um submarino ter sido “um sucesso”.    

Desde 2006, a Coreia do Norte realizou três testes para detonação nuclear, mas não tinha mostrado – até então – a capacidade de diminuir as bombas para utilizá-las em ataques.    – Ban Ki-moon não irá a Kaesong O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, não irá mais visitar nesta quinta-feira (21) o distrito industrial de Kaesong, que fica na fronteira entre as Coreias. A informação foi confirmada pelo próprio Ban durante a participação de um fórum na Coreia do Sul, de acordo com informações da agência de notícias Yonhap. Essa seria a primeira visita da história de um líder da ONU a zona industrial.    

“Nesta manhã, as autoridades da Coreia do Norte nos informaram, através de canais diplomáticos, a intenção de mudar a decisão de permitir a visita ao complexo industrial de Kaesong. A decisão de Pyongyang é profundamente deplorável”, disse Ban.    

Ex-ministro das Relações Exteriores de Seul, o secretário-geral está em uma visita de cinco dias na região para trabalhar no estabelecimento da paz na península coreana. O complexo de Kaesong é um dos poucos símbolos de reconciliação entre as duas nações. Construído em 2004, ele combina a mão de obra barata do Norte (mais de 30 mil trabalhadores) e os investimentos do Sul (mais de 120 empresas envolvidas). O local é, sobretudo, a principal fonte de recolhimento de dinheiro do exterior do governo de Pyongyang, já que todas as operações são realizadas em dólares.