Colômbia exige encontro sobre crise na fronteira e ameaça desfalcar reunião da Unasul
Diante do golpe diplomático, Holguín disse hoje que se sente sozinha na crise na fronteira colombo-venezuelana
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Diante do golpe diplomático, Holguín disse hoje que se sente sozinha na crise na fronteira colombo-venezuelana
A chanceler da Colômbia, María Ángela Holguín, disse nesta terça-feira que seu país não participará da reunião da Unasul (União de Nações Sul-americanas) se o organismo não convocar uma reunião de chanceleres esta semana para abordar a crise fronteiriça com a Venezuela.
“Se esta semana não houver (a reunião da) Unasul, já não achamos que valerá a pena”, disse Holguín à emissora “Blu Rádio”, e destacou que a prioridade da Colômbia era informar o que está acontecendo na fronteira, e que isso já foi feito ontem na OEA (Organização dos Estados Americanos).
“Já os países-membros de Unasul sabem o que está acontecendo e se não houver (uma reunião extraordinária) esta semana não vamos estar na reunião de Unasul”, enfatizou a ministra.
A Unasul decidiu ontem adiar uma reunião extraordinária de seus chanceleres, prevista para a próxima quinta-feira, diante da impossibilidade da participação da representante da Venezuela, Delcy Rodríguez, que está na China.
Já a OEA reucosu na segunda-feira realizar a reunião de ministros das Relações Exteriores, como a Colômbia havia proposto, argumentando existir uma “grave crise humanitária com deportações arbitrárias e maus-tratos” a seus cidadãos pela Venezuela.
Diante do golpe diplomático, Holguín disse hoje que se sente sozinha na crise na fronteira colombo-venezuelana, fechada parcialmente há 13 dias por ordem do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
“Me sinto sozinha, aqui os direitos humanos são desrespeitados e nada acontece, se não convocarem a reunião de chanceleres, (é porque) pensam que o problema não é tão grave, mas se esta região não se der conta do que está acontecendo então é mesmo mais complexo”, declarou a chanceler à emissora “Caracol Radio”.
Holguín revelou que Maduro, que segundo a Colômbia não atendeu as chamadas do presidente Juan Manuel Santos para discutir o tema, “enviou várias mensagens através do Panamá” para programar um futuro encontro de alto nível.
“Imagino que acredite que os problemas só se regulam bilateralmente”, comentou a chefe da diplomacia colombiana.
Agora a Colômbia avalia comparecer às Nações Unidas, embora Holguín tenha dito que antes de tomar qualquer decisão se reunirá com os organismos da ONU que visitaram a região fronteiriça para saber sua percepção.
Estão fechados cerca de 160 quilômetros dos 2.219 da fronteira entre Colômbia e Venezuela.
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