China investiga suspeitas de violação de regras sobre negociação de ações

Polícia está investigando oito funcionários na maior corretora do país

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Polícia está investigando oito funcionários na maior corretora do país

O órgão regulador dos mercados de capitais e a polícia da China estão mirando suspeitas de violação de regras para negociação de ações e uso de informações falsas, passo mais recente em uma leva de medidas para limpar os mercados em meio a oscilações intensas nas bolsas.

A polícia está investigando oito funcionários na maior corretora do país, a CITIC por suspeitas de negociações ilegais de ações, informou na terça-feira a Xinhua, agência de notícias oficial.

Em comunicado à bolsa de valores de Hong Kong nesta quarta-feira, a CITIC disse que não foi informada sobre uma investigação de seus funcionários e suas operações continuavam normalmente.

Um funcionário e um ex-funcionário da Comisssão de Regulação de Mercados de Capitais da China são suspeitos de negociações com informações privilegiadas e forjar documentos e selos oficiais, disse a agência.

Wang Xiaolu, jornalista na respeitada revista de negócios Caijing, é suspeito, junto com outros, de ter elaborado e disseminado informações falsas sobre ações e contratos futuros, segundo a agência.

A polícia intimou Wang na noite de terça-feira, disse a Caijing em comunicado nesta quarta-feira, mas não informou o motivo de sua detenção.

 

Histórico

As preocupações em torno da economia da China têm abalado os mercados internacionais, provocando uma onda de fuga de ativos considerados mais arriscados e uma derrubada nas principais bolsas de valores do mundo.

Nesta segunda-feira (24), a bolsa de Xangai afundou mais de 8%, a maior queda diária desde o auge da crise financeira global em 2007, em meio à forte aversão ao risco global de uma desaceleração da economia chinesa.

A forte turbulência nos mercados tem como pano de fundo as indicações de que a desaceleração da economia chinesa poderá ser maior do que vêm indicando as projeções para o PIB (Produto Interno Bruto) oficial.

Paralelo a isso, as medidas do governo de socorro à bolsa chinesa vêm afastando os poupadores e atraindo mais especulação.

O movimento recente do banco central da China de desvalorizar o iuan também levou a um choque negativo no apetite de risco e elevou a preocupação de contaminação no crescimento global.

A Bolsa de Valores de Xangai, na China, encerrou o pregão desta quarta-feira (26) em queda de 1,27%, mesmo após a China cortar a taxa de juros após fortes perdas e queda de mercados em todo o mundo. Na terça (25), as perdas foram de 7,63%, e na segunda (24), a queda foi brusca:  8,5%.

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