“Preferiria atirar em mim mesmo a ser um pedófilo”, disse bombeiro

Um bombeiro foi considerado culpado em um caso de estupro de uma menina de 9 anos que gerou comoção na Grã-Bretanha. A ocorrência aconteceu vinte anos atrás em North Lanarkshire, na Escócia, pouco tempo depois de o homem ter resgatado a garota de um incêndio.

John McGinn conhecia a menina e a salvou quando sua casa pegava fogo em 1994 na região de Bellshill. O bombeiro, que hoje já está aposentado, estuprou a criança logo depois de salvá-la e a ameaçou dizendo que mataria sua mãe se ela contasse para alguém sobre o ocorrido. A garota, que hoje tem 30 anos, contatou a polícia tempos depois.

Uma investigação sobre a vida de McGinn acabou levando o bombeiro a ser condenado por seis crimes contra a menina e outras pessoas. McGinn voltou à Justiça em Glasgow e foi condenada pelas acusações em junho.

‘Grande mentira’

A sentença do caso, porém, foi adiada e só será proferida no fim desse mês.

No início, McGinn negou ter estuprado a menina depois de ter sido preso pela polícia. Ele disse aos policiais: “É uma grande mentira. Isso não aconteceu, não há nenhuma chance de ter acontecido. É ridículo vê-la inventando uma coisa dessas. Eu preferiria atirar em mim mesmo a ser um pedófilo”, disse. “Pena de morte é até muito pouco para um pedófilo”, complementou.

McGinn, que também é da região de Bellshill, disse que a vítima tentou chantageá-lo uma vez que sabia que ele tinha uma pensão alta de bombeiro. Ele ainda alegou que a acusação sobre o estupro era uma ‘vingança’ por parte da mulher depois que ele não quis lhe dar nenhum dinheiro.

O júri ouviu, porém, que McGinn havia atacado outra garota e deu a ela doces e suco para mantê-la calada. Outra mulher, que hoje tem 50 anos e viveu com McGinn nos anos 1980, também contou um caso semelhante. Ela disse que sofreu violência sexual e física por parte dele por anos e descreveu o bombeiro como um “monstro”.

A mulher disse à Justiça que foi estuprada várias vezes por McGinn e que chegou a persegui-lo com uma faca depois de ele tê-la amarrado em uma cama e abusado sexualmente dela.