Ataques aéreos matam dezenas de pessoas perto de Damasco, na Síria

Observatório Sírio de Direitos Humanos fala em 80 mortos e 200 feridos

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Observatório Sírio de Direitos Humanos fala em 80 mortos e 200 feridos

Aviões sírios atacaram uma área controlada por rebeldes a nordeste de Damasco, na Síria, neste domingo (16), matando pelo menos 80 pessoas e deixando mais de 200 feridos, disse o Observatório Sírio de Direitos Humanos. Mais cedo, o observatório havia apontado 58 mortos.

O Observatório afirmou que o ataque atingiu um mercado em Duma, cerca de 15 km a nordeste de Damasco, um dos redutos dos rebeldes. Um outro grupo ativista na região disse nas redes sociais que o número de mortos era 67, atribuindo a informação a agentes do serviço de emergência.

Uma fonte militar síria declarou que a Força Aérea havia realizado ataques em Duma e em Harasta, uma área próxima, e que o alvo eram bases do grupo rebelde Exército Islã.

O presidente do Observatório Sírio de Direitos Humanos, Rami Abdelrahman, informou em declarações à Agência EFE por telefone que quatro projéteis se chocaram contra o mercado, situado no centro de Duma.

Muitos feridos no bombardeio, que causou grandes destroços materiais, estão em estado grave, segundo a fonte, que não descartou um aumento do número final de vítimas mortais. Duma, situada na região de Ghouta Oriental, está controlada pela brigada insurgente islamita Exército do Islã e cercada pelas tropas leais ao presidente Bashar al Assad.

A zona de Ghouta Oriental, principal reduto da oposição nos arredores da capital, é alvo frequente dos ataques da aviação governamental.

Há quatro dias, pelo menos 37 pessoas perderam a vida, entre elas quatro menores, e 120 ficaram feridas por bombardeios similares nas povoações de Duma, Saqba, Hamuriya e Kafr Batna, todas em Ghouta Oriental.

A Síria é há mais de quatro anos palco de um conflito que causou mais de 240 mil mortes, segundo os últimos números do Observatório.

Duma, cidade situada a 13 km de Damasco e tomada pelos rebeldes há mais de dois anos, é regularmente visada pelos ataques da aeronáutica síria, principal arma do regime contra os insurgentes.

 

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