‘A sensação de medo é horrível’, diz jornalista que vive em Paris

Fez um relato que aponta a dimensão do medo

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Fez um relato que aponta a dimensão do medo

Por mensagens de texto e de voz, a jornalista mineira Cláudia Giúza, que vive em Paris há um ano e meio, fez um relato que aponta a dimensão do medo e da preocupação das pessoas que estavam na cidade na hora dos atentados. Ela havia saído do trabalho, que fica a uma distância de 1 km de um dos locais dos ataques, poucas horas antes do atentado. Segundo Cláudia, tudo estava bastante tranquilo, dentro da rotina. Ao chegar em casa, distante 20 minutos do centro de Paris, Cláudia recebeu as primeiras informações dos atentados. A jornalista, que já foi repórter da editoria de Cidades de O TEMPO, contou que correu para o telefone em busca de notícias dos colegas de trabalho. Segundo ela, a preocupação maior era com uma das amigas não havia respondido aos chamados até as 23h (horário de Paris). “A gente está aqui procurando notícias dela”, contou.

O 10º arrondissement, local onde houve o ataque ao restaurante Le Petit Cambodge, segundo Cláudia, é uma área bastante tranquila, que fica na região central de Paris, ao lado do Canal de Saint Martin. Não é um dos cartões postais da cidade, por isso não atrai muito os turistas, mas é um local muito bonito e bastante frequentado pela população parisiense. “Mesmo não estando lá, a sensação de medo é horrível”, contou ela que, ainda guarda vivas na memória as lembranças do atentado ao jornal Charlie Hebdo.

Ao falar do medo de estar na mesma cidade onde aconteceu o segundo atentado em dez meses – em 7 de janeiro o atentado terrorista ao jornal satírico Charlie Hebdo matou 12 pessoas -, a jornalista deixou evidente sua preocupação. “É um pânico. Quando aconteceu o Charlie Hebdo eu também estava na mesma região e vi tudo acontecendo, as ambulâncias, aquela coisa horrorosa toda e tudo acontecendo… E agora deu um medo de novo”, disse.

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