‘Shopping de cavalos pantaneiros’ vira sucesso em feira agropecuária no Pantanal

Evento recebeu mais de 20 mil pessoas, no último fim de semana, em Corumbá

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(Feapan/Divulgação)

O fim de semana, em Corumbá, no pantanal sul-mato-grossense, contou com uma novidade que promete revolucionar o formato de venda de leilões, não com o mesmo glamour, mas, com rentabilidade e agilidade muito maior na hora da venda. Assim, o “shopping do cavalo pantaneiro” fez a mostra de 18 animais e comercializou 90% deles, além do recorde de público, negociação milionária de touros e números positivos em todos os outros setores da Feapan (Feira Agropecuária do Pantanal).

Conforme criadores, a raça é famosa por sua força e capacidade de adaptação ao clima do Pantanal, sendo cada vez mais valorizada. Na Expogrande, considerada a maior do Estado, neste ano, por exemplo, um cavalo pantaneiro foi vendido por R$ 165,6 mil, um recorde.

“Foi um sucesso. Tivemos recorde de público, neste último fim de semana, em Corumbá. Segundo a PM [Polícia Militar], foram contabilizadas 20 mil pessoas, bastante gente que prestigiou a feira, o cavalo pantaneiro, os rodeios e shows. Foi um evento interativo, de relacionamentos, em que os compradores tiveram bastante tempo para ver o animal, analisar, sem aquela coisa da disputava. Eu, como comprador também, achei bastante interessante este novo formato”, afirmou ao Jornal Midiamax o presidente do Sindicato Rural de Corumbá, Gilson Barros.

Segundo Barros, cada vendedor teve a oportunidade de “colocar seu preço”. “A rentabilidade foi excelente para eles. É como se fosse uma bolsa no shopping mesmo. Quase tudo foi vendido, sobrou um animal somente. Na verdade, era pra ser uma experiência, pra sentir como seria e foi muito boa, muito interessante. No caso dos touros, os 176 foram vendidos, além do leilão de gado com 820 reses, superando os R$ 2,5 milhões de faturamento, sem falar nos expositores e lojas agropecuárias envolvidas”, argumentou.

‘Facilitou demais a logística’, diz pesquisador da Embrapa

(Feapan/Divulgação)

O produtor rural e pesquisador da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Pantanal, Urbano Abreu, de 63 anos, ressaltou que o evento trouxe uma nova forma de negócios.

“O shopping do cavalo pantaneiro inovou em vários sentidos e facilitou muito a logística. Foram feitos vídeos profissionais dos animais, os quais fizeram não ser necessário trazê-los até o local. E a gente sabe que isso gera um custo grande: tem que levar o animal, o tratador e muito mais”, opinou.

Neste caso, de acordo com Urbano, foi só o celular e produtores reunidos. “A ideia é continuar neste formato. Tivemos outro momento muito especial também, com homenagens a produtores já falecidos e que atuavam, de forma pioneira, com o cavalo pantaneiro, e também quem ainda atua. Foram eles Joaquim Eugênio Gomes da Silva e José Benedito de Arruda”, finalizou.

Confira aqui alguns momentos do evento no Pantanal:

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