Evento nas festas de fim de ano, amigo secreto divide opiniões entre os que amam e odeiam
A simples brincadeira de troca de presentes consegue ser bem polêmica
Taís Wölfert –
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Dezembro, último mês do ano, um momento repleto de alegrias e trocas de presentes. Uma dessas trocas é o famoso amigo oculto/secreto, uma brincadeira que divide opiniões. Tem quem ame e quem odeie, aqueles que ficam ansiosos para participar de um, e aqueles que fogem quando o amigo oculto vira tema de conversa. Mas por que uma brincadeira é tão polêmica?
O amigo oculto ou secreto é uma brincadeira, em teoria, simples. Os participantes sorteiam nomes e estabelecem um valor para os presentes. Na hora de revelar quem foi o sorteado é feita uma breve fala com características dele. Existem alguns derivados como o ‘amigolate’, em que os presentes são apenas chocolates, e o ‘inimigo oculto’, que consiste em presentes com teor engraçado.
Vivências
O auxiliar de mecânico Nicolas Brogio odeia participar da brincadeira e afirma que é um trauma de infância. “É um trauma de infância, na verdade, passava horas escolhendo um bom presente para a pessoa, um que fosse empático o suficiente para ‘se fosse para mim, eu teria adorado!’, e no final receber uma caneca com estampa, ou um par de meias! Por isso não gosto da brincadeira, prefiro ficar de fora, ou dar um presente mesmo, sem a intenção de retribuição”.
Assim como Nicolas, a professora Jéssica Marques também já ganhou algo que não queria e se decepcionou com a troca de presentes, mas graças a sua mãe ela conseguiu ver tudo sob outro olhar.
“O pior presente que ganhei foi um pega-varetas, no ano que ganhei o jogo meus primos ganharam: teclado, porta-joias de bailarina, boneca da XUXA… e eu: um pega varetas. Foi decepcionante, confesso, mas minha mãe fez com que eu me alegrasse, dizendo que cada um dá o que pode e que, meu tio deu o que para ele era o melhor. Aí tudo ficou bem, mas lembro até hoje” conta Jéssica, que adora participar da brincadeira.
Ao contrário dela, Lucas Montanho, estudante, reclama do motivo que faz com que as pessoas participem de um amigo oculto. “Muitas pessoas vão para esses amigos ocultos sem vontade de dar algo, mas sim de receber, aí desanima muito participar desse tipo de coisa”.
Valor para o amigo secreto
Outro fato ruim para Lucas é o valor estipulado para o presente. “O valor era R$ 50, comprei algo de R$ 45 e recebi um de R$ 10. Ganhei chocolate. Normalmente essas coisas eram para serem lembranças, mas comida? Comida não, comida é passageiro”.
O analista de treinamento Fernando Paxmar, assim como Lucas, reclama também da questão do valor. “Não gosto porque normalmente vira bagunça, as pessoas tendem a não seguir a orientação do valor e muitas vezes compram qualquer coisa genérica e não algo que esteja necessariamente relacionado a você”.
Essa frustração de ganhar um presente ruim quando você deu um bom não acontece com a professora Stefani Santa Ana que afirma nunca ter ganho um presente ruim, pois todos os presentes vêm de pessoas que ela ama e gosta.
“Eu gosto de fazer amigo oculto porque é uma forma de você confraternizar com seus amigos, com o pessoal de equipe, é uma forma de você presentear. Todo mundo sendo presenteado sem que você tenha gasto muito dinheiro, então é uma forma bem divertida de você interagir com as pessoas” acrescenta ela.
Oportunidade
O estudante Joa Almeida gosta de participar da brincadeira porque acredita que ela pode dizer muito sobre as pessoas que estão participando.
Ele conta uma situação que vivenciou por três anos seguidos. “Minha história de amigo oculto era que eu participava em grupos grandes de amigos, familiares e conhecidos, totalizando 30 a 50 pessoas. Todo ano fazíamos uma cerimônia de amigo oculto, o que aconteceu foi que eu e algumas pessoas sorteamos e fomos sorteadas pelas mesmas pessoas por três anos consecutivos. Achei divertido, pois eu conhecia bem a pessoa, então ajudava bastante na hora de eu escolher um presente”.
História
Em certas vezes, o amigo oculto vai envolver pessoas não muito queridas por todos os que participam. E isso pode se tornar um problema. Stefani conta uma história recente que aconteceu na escola em que dá aula.
“Teve um amigo oculto recente que participei, entre as crianças do colégio, que era de chocolate, aqueles amigolate. E as crianças simplesmente se detestavam, então, ao invés de falar pontos positivos, começaram a falar pontos negativos das crianças, uns dos outros. A gente até brincou falando que não podia, que assim ficava muito fácil. E aí, obrigamos eles a falar de coisas positivas ou, pelo menos, características deles, da pessoa que tirou. Para poder ensinar, se não ia ficar só tiro, porrada e bomba”.
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