Compras em páginas de vendas? Confira riscos ao adquirir itens novos e usados

As compras em páginas de vendas se tornaram frequente entre os sul-mato-grossenses

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Consumidores devem tomar diversos cuidados ao realizarem compras online

As compras de itens novos e usados em páginas de vendas na internet se tornaram frequente entre os sul-mato-grossenses por diversas razões, entre elas a facilidade das negociações e os valores comercializados. Mas você sabia que, ao comprar qualquer produto, seja ele novo ou usado, está correndo diversos riscos? Pode ser enquadrado em crimes e responder judicialmente?

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O Jornal Midiamax conversou com o delegado da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo), Reginaldo Salomão, que explicou que os riscos são diversos, mas a atenção do comprador é crucial nesses casos.

“Risco de você adquirir um produto de origem ilícita que foi fruto de furto ou roubo e acabar respondendo por uma receptação dolosa ou por uma receptação culposa”, explicou Salomão.

Orientações na hora da compra

O delegado Salomão destaca algumas orientações consideradas básicas que podem auxiliar na hora de fechar o negócio on-line, visto que algumas medidas e atenção podem te livrar de problemas futuros.

“É preciso ficar atento a quem está vendendo, qual a origem desse produto, se aquela pessoa é o primeiro proprietário daquele produto, se tem nota fiscal. O ideal é que você esteja comprando de uma pessoa em que a nota fiscal esteja no nome dela. Se estiver em nome de terceiros, é interessante verificar com esse terceiro se esse produto não foi furtado ou roubado”, reforçou o delegado da Decon.

Na entrega do produto, também é preciso atenção em algumas medidas. “Na hora de receber esse produto, é interessante que a entrega seja marcada em um local público, de preferência em um lugar onde haja bastante câmera, o que traz segurança e a possibilidade de posterior identificação do autor”, apontou Salomão.

Atenção ao valor que está sendo comercializado

Uma das razões que fazem muitas pessoas optarem por adquirir produtos usados na internet de maneira geral é o preço, mas o delegado Salomão ressalta que é preciso atenção ao valor do produto em loja e ao valor pelo qual está sendo comercializado.

“É necessário tomar muito cuidado, não se ater única e exclusivamente ao preço, assim como também ao vendedor. Quem é o vendedor? Ele está se identificando? Às vezes, no WhatsApp, o status é uma cobra, um carro, você não consegue identificar essa pessoa e ela nega a identificação”, disse.

“Se o produto custa R$ 10 mil e está sendo vendido por R$ 2 mil, ou essa pessoa está em um momento de desespero, ou é um golpe, ou esse produto é de origem ilícita. Um celular, por exemplo, pode consultar na Anatel pelo número IMEI, para verificar se o equipamento não é produto de furto ou roubo”, ressaltou Salomão.

Enquadrado como crime

O delegado Reginaldo Salomão explica que a compra de produtos novos ou usados, sem origem comprovada, pode, sim, ser enquadrada como crime.

“Pode ser por receptação dolosa, que é um crime mais grave, com pena de um a quatro anos, ou culposa. Mas você terá sérios aborrecimentos”, explicou Reginaldo.

DERF (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) e celulares sem procedência

A DERF em Mato Grosso do Sul, por muitas vezes, acaba recebendo casos semelhantes. Contudo, o delegado Edgard Punsky de Sousa ressalta que, na maioria das vezes, o terceiro – que fez a compra do produto – age de boa-fé, sem saber que se tratava de produto oriundo de furto ou roubo.

“Muitas vezes a gente recupera algum objeto, especialmente celulares, que foram adquiridos por terceiros. Muitas vezes, os terceiros são de boa-fé, então compram até com caixa e adquirem achando que é do Paraguai, com preço próximo da realidade. A gente acaba não enquadrando como receptação”, pontuou o delegado da DERF.

Contudo, assim como o delegado Salomão, o Edgard também ressalta isso a atenção aos valores.

“Mas, muitas vezes, compram com valores muito abaixo do praticado no mercado, e a gente acaba indiciando, pelo menos, por receptação culposa, que é uma forma de receptação, porém com pena um pouco menor do que a receptação comum”, pontuou.

Procure uma delegacia

Em casos de dúvida, você pode procurar a Delegacia de Polícia mais próxima da sua residência, em alguns casos, até com o vendedor, para sanar as dúvidas. É preciso atenção e paciência ao fechar um negócio.

“Para você realizar um bom negócio, o primeiro ponto é paciência. Se o negócio exige uma velocidade muito grande para a sua conclusão, é um negócio de altíssimo risco. Então, a probabilidade de você perder dinheiro é muito grande”, destacou Salomão.

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