Biblioteca Pública Municipal Ana Luiza Prado Bastos

De acordo com a Sectur (Secretaria Municipal de Cultura), a Professora Galega era Anna Luiza Prado Bastos. Natural de Cuiabá (MT), ocupou a Cadeira 27 da Mato-grossense de Letras – AML em 1932, permanecendo nela por seis décadas.

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(Foto: Divulgação/Sectur)

Em 1923, mudou-se para Campo Grande, onde, em 1935, fundou a Escola Primária Barão de Melgaço, contribuindo para o desenvolvimento da educação e da sociedade. Dela foi a única proprietária até o final da década de 1960.

Além disso, a professora teve grande participação nas obras de cunho social, cultural, e filantrópico nas cidades em que residiu e lecionou, nas décadas de 30 e 40.

Em Campo Grande, a Biblioteca Pública Municipal fundada em 28 de novembro de 1932 pelo médico e beletrista Perí Alves Campos e doada em 05 de março de 1940  ao município.

A sede atual, localizada no Parque Florestal Antônio Albuquerque (Horto Florestal), foi inaugurada em 19 de maio de 1995, com o nome de Anna Luiza Prado Bastos – professora Galega, homenagem à professora cuiabana, que muito contribuiu para educação em Campo Grande e fez história entre seus alunos.

Memorial da Cultura Indígena “Cacique Enir Terena”

Já Enir da Silva Bezerra foi líder da etnia e referência para a cultura indígena em . Em meio a costumes e tradições de raízes masculinas, essa grande mulher tornou-se líder de seu povo, rompeu barreiras, firmou-se como empreendedora de ações transformadoras e deixou importante legado para a história.

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Enir da Silva Bezerra (Foto: Divulgação/Sectur)

Segundo as informações da Secretaria, Enir Bezerra nasceu na aldeia Terena Limão Verde, no município de Aquidauana. Com cinco anos de idade mudou-se para Campo Grande, onde se criou e constituiu família. Desde jovem, demonstrou interesse pela realidade das etnias que migravam do interior do Estado para se radicarem na periferia de Campo Grande.

Em 1985, ingressou na Associação Indígena “Kaguateca”, dando início à militância em políticas públicas, que se estendeu por toda a sua vida. Dez anos depois, em 09/06/1995, chegou com mais 20 famílias na área conhecida como “Desbarrancado”, que se tornou depois a Aldeia Urbana Marçal de Souza, a primeira do gênero no Brasil.

Em 1999, a luta de Enir Bezerra resultou na criação do Memorial da Cultura Indígena. Em 30 de novembro de 2008, Enir Terena concorreu às eleições em sua aldeia urbana e foi a primeira índia brasileira a conquistar o título de Cacique e reeleita em 2012.

Sua militância se estendeu até 2016, quando faleceu. Em 17 de maio, o prefeito sancionou a lei 6.006 na qual passou a denominação para Memorial da Cultura Indígena Cacique Enir Terena.

Museu “Lídia Baís”, localizado na Morada dos Baís

Lídia morou no casarão da Avenida Afonso Pena, hoje Morada dos Baís, entre os anos de 1918 e 1938. Seus primeiros quadros foram pintados por volta do ano de 1915. 

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Lídia Baís (Foto: Divulgação/Sectur)

Iniciou seus estudos em pintura com Henrique Bernardelli em 1926.  Passa o ano seguinte em viagem pela Europa, permanecendo mais tempo em Berlim e Paris, onde recebeu influências do expressionismo e do surrealismo. De volta ao Brasil, em 1928, retoma seus estudos sob orientação de Henrique Bernardelli.

Em 1950, fundou o Museu Baís em Campo Grande. A partir daí, passa a dedicar-se exclusivamente aos estudos religiosos e filosóficos. Por volta de 1960 publica, sob o nome fictício de Maria Tereza Trindade, o livro História de T. Lídia Baís.

Armazém Cultural “Helena Meirelles”

Helena Meirelles foi uma compositora, cantora e violeira, nascida em 1924. Helena foi conhecida como a dama da viola de Mato Grosso do Sul que derrubou preconceitos e encantou o guitarrista Eric Clapton com o seu jeito de tocar. 

É considerada uma importante representante da música regional brasileira e sua história de vida é um exemplo feminino de luta e libertação.

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Helena Meirelles (Foto: Divulgação/Sectur)

As canções que ela tocava desde menina e as composições que vieram depois são duas facetas muito parecidas de uma mesma moeda apresentada em seus quatro discos lançados. E em antológicas apresentações ao vivo, de norte a sul do Brasil.  Um repertório bastante representativo da música regional de fronteira do cerrado, que apresenta uma diversidade de gêneros, como o rasqueado, o chamamé, a guarânia e a polca paraguaia, e cala fundo no coração de quem carrega na alma o sentimento pantaneiro. 

Mário de Araújo, seu sobrinho e primeiro produtor, alavancou sua carreira musical e, com 67 anos, foi finalmente reconhecida artisticamente. Depois, foi conquistando espaço na imprensa brasileira.

Obteve premiações internacionais e nacionais como Spotlight Arts (1993) e Cem e uma palhetas do Século (1994) pela GuitarPlayer Magazine e foi incluída na lista 30 maiores ícones brasileiros da guitarra e do violão (Categoria: Raízes Brasileiras) da revista Rolling Stone Brasil. Helena morreu em Campo Grande em 2005 com 81 anos.

Sala de Oficinas de Artes e Artesanatos “Lucila de Araújo Pereira”, localizada na Plataforma Cultural

Lucila de Araújo Pereira foi servidora do Município de Campo Grande por mais de 11 anos, lotada na Secretária de Educação, mas que por muitos anos prestou seus serviços na Fundação Municipal de Cultura – FUNDAC.

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Lucila de Araújo Pereira (Foto: Divulgação/Sectur)

Foi na Plataforma Cultural, antiga estação ferroviária, que Lucila encontrou seu lar profissional e artístico definitivo, onde pode desempenhar seu sonho em ser artista.

De acordo com as informações da Sectur, ela viveu arte, escreveu poesias, compôs canções, fez artesanato, pintou telas, e na técnica em mosaico encontrou a paixão que seria sua marca.

Também foi integrante do grupo “A voz do Cruzado Pantaneiro”, tendo uma das composições, de sua autoria, gravada em CD.

A Sala de Oficinas da Plataforma Cultural, localizada na Esplanada Ferroviária, é de extrema importância, visto que a sala era muito utilizada pela Sra. Lucila, e portanto em 28 de novembro de 2017, através da LEI n. 5.915, recebeu a denominação de “Lucila de Araújo Pereira”, em homenagem à essa mulher que dedicou seus dias a esse lugar e ao ensino das artes.

Comunidade Tia Eva

Tia Eva foi uma mulher negra referência da comunidade que leva seu nome. Nasceu em Mineiros, Goiás. Foi escrava e logo após receber sua alforria, decidiu vir para Campos de Vacaria – hoje Campo Grande.

Isso foi em 1905, quando veio com suas três filhas, com uma nova expectativa de vida. Ela chegou em comitiva com outros negros à região da Mata do Segredo, próximo aos córregos Segredo e Cascudo onde estabeleceu uma comunidade quilombola.

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Tia Eva (Foto: Divulgação/Sectur)

Tia Eva tinha grande fé em São Benedito. Por isso, ela recorreu a ele para que curasse uma ferida que havia em sua perna há anos. Então, ela lhe fez uma promessa e chegando a Mato Grosso, ela foi milagrosamente curada.

Assim, ela construiu uma igreja de pau a pique, em 1912, em homenagem ao santo, que está entre as igrejas mais antigas de Campo Grande.

Em 1919, Tia Eva conseguiu reerguer a igreja, desta vez, em alvenaria, com ajuda de toda a comunidade e resolveu que todo ano organizaria uma festa em homenagem a São Benedito, que acontece sempre no domingo mais próximo de 13 de maio.

A inauguração da Igreja foi em 13 de maio, com uma festa que contou com novena, terço, música e fogos, para louvar São Benedito.