A invenção é um dispositivo intraoral que é fixado nos molares superiores e inferiores e possui ímãs com pinos de travamento para que a pessoa só consiga abrir dois milímetros de sua mandíbula, permitindo respirar e falar, mas limitando a ingestão de alimentos sólidos.

Este dispositivo foi denominado DentalSlim Diet Control e foi projetado para que as pessoas tenham uma dieta líquida pelo tempo que for necessário. Durante esse tempo, espera-se que seus hábitos alimentares mudem. O aparelho foi testado com sete voluntárias, que receberam dieta líquida. Ao final do experimento, perderam 5,1% do peso, ou seja, perderam cerca de 6,3 quilos.

“A principal barreira para as pessoas perderem peso com sucesso é a adesão e isso as ajuda a estabelecer novos hábitos, permitindo que mantenham uma dieta de baixa caloria por um período de tempo. Isso realmente coloca o processo em movimento. É uma alternativa não invasiva, reversível, barata e atraente aos procedimentos cirúrgicos”, explica o Professor Paul Brunton, Vice-Chanceler de Ciências da Saúde, de Otago.

Polêmica

O aparelho se tornou muito polêmico ao ser veiculado na Internet. Além de custar US$ 24.000 (cerca de R$122 mil), muitas pessoas acharam isso uma medida muito extrema, quase como uma tortura, e também destacaram outros problemas potenciais. Além da dificuldade para falar relatada pelas mesmas mulheres que o testaram, reconheceu-se que existe o perigo de asfixia se a pessoa vomitar e que após nove meses de uso pode causar doença gengival.

De acordo com os dados do estudo, 1,9 bilhão de adultos em todo o mundo estão com sobrepeso, 650 milhões são obesos e estar com sobrepeso ou causa cerca de 2,8 milhões de mortes por ano. Portanto, é uma situação muito alarmante que pode exigir medidas extremas.