No SBT, Maria do Bairro é coisa do passado e substituta moral é anunciada

Clássicos mexicanos perderam espaço na grade da emissora

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Recordista em reprises, o SBT usou e abusou dos dramalhões mexicanos mais clássicos e tradicionais durante três décadas. Entre eles, estão títulos como “Maria do Bairro”, “Marimar” e “A Usurpadora”.

Já tem 5 anos que nenhuma dessas novelas pinta na grade da emissora. Desgastadas após mais de 5 exibições cada uma, elas fracassaram em suas últimas reprises e nunca mais ganharam outra oportunidade.

O SBT, inclusive, extinguiu tramas gravadas em SD de sua programação. Elas já estão proibidas há algum tempo, também por amargarem fracassos na telinha.

Sucessos mexicanos dominaram o SBT entre a década de 90 até a década de 2010 (Reprodução)

 

Substituta moral

Chama atenção a nova reprise anunciada para maio. “Coração Indomável”, exibida pela emissora brasileira em 2015, vai ganhar sua terceira transmissão no Brasil nos próximos dias. Ela foi reprisada há pouco tempo, em 2018, e retorna novamente à grade agora em 2021, substituindo “Triunfo do Amor” nas tardes do SBT. 

No México, folhetim foi transmitido originalmente em 2013 (Reprodução)

Em apenas 6 anos, já é a terceira vez que a trama será exibida. Fenômeno em todas as outras apresentações, “Coração Indomável” segue a mesma trajetória de “Maria do Bairro”, “A Usurpadora” e “Marimar”. A data oficial da reestreia ainda não foi divulgada, mas as chamadas já estão no ar há algumas semanas.

Fenômeno

A história de Maricruz (Ana Brenda Contreras) atingiu índices de audiência fenomenais para o SBT nas duas vezes em que foi levada ao ar e é a nova “menina dos olhos” da emissora.

Queridinho pelos diretores por sua popularidade e alcance, o folhetim não passa de um remake de “Marimar”, novela de 1994 protagonizada por Thalia, já transmitida em cinco ocasiões no Brasil.

Thalia como Marimar e Ana Brenda como Maricruz, protagonizando a mesma cena nas duas versões (Reprodução)

Novos atores, filmagem moderna e em HD, repaginação de trilha e visual… a estética pode até ser outra, mas a essência mexicana permanece. No final das contas, as histórias são sempre as mesmas e continuam preservadas para os brasileiros que gostam da dramaturgia latina.