Festival de tiros faz ‘Salve-se Quem Puder’ voltar a ser chacota em seu retorno inédito

Audiência não perdoou falhas gritantes no início da fase inédita nesta segunda

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Depois de um tempo sem ser alvo de duras críticas, a folga de “Salve-se Quem Puder” parece ter acabado. Nesta segunda-feira (17), a Globo apresentou o primeiro capítulo inédito da fase final da trama gravada durante a pandemia, e as primeiras sequências não passaram ilesas pela opinião pública.

O maior incômodo, por parte dos telespectadores, diz respeito à principal sequência do capítulo: quando a vilã Dominique (Guilhermina Guinle) captura a mocinha Luna (Juliana Paiva) e as duas começam um jogo de gato e rato.

Luna foi refém da vilã (TV Globo)

Na novela das sete, Dominique saiu atirando pelas ruas, acertando carros, vitrines, lojas, sem qualquer preocupação. Nenhum alarme disparou e ninguém apareceu. Tentando conter Luna e impedir sua fuga, a vilã disparou mais de 20 vezes em uma rua de comércio, que a princípio estava vazia, mas depois foi ficando lotada.

Para tentar escapar, Luna entrou em uma boate e mesmo assim foi perseguida. Quando Dominique a encurralou novamente, a protagonista de Juliana Paiva conseguiu virar o jogo e fez a vilã de refém, disparando outras inúmeras vezes dentro de um depósito da boate, bem ao lado do salão de dança.

Dominique se deu mal e até levou um soco de Luna, ficando com o olho roxo (TV Globo)

Em meio a esse festival de tiros, ninguém ouviu nada, nem na rua, nem na festa. O MidiaMAIS contou e foram mais de 25 disparos na sequência que abriu a parte final da trama. O público esperou por mais de um ano para saber o que aconteceria com a mocinha após a vilã descobrir que ela estava viva e foi “presenteado” com uma cena de ação pouco convincente.

Além disso, a história de Daniel Ortiz não abordará a pandemia. Tudo segue conforme a realidade anterior ao coronavírus. Sem isolamento social, toque de recolher e quarentena, as cenas desta segunda-feira se tornaram ainda menos críveis. Em São Paulo, tiros para todo lado, sem absolutamente ninguém escutar, inclusive numa boate.

Sem graça

Na sequência em questão, não houve humor. Foi um momento dramático para o folhetim. Logo no primeiro capítulo, em janeiro de 2020, “Salve-se Quem Puder” também foi bombardeada de críticas por um motivo parecido: tiros em um avião.

Cena final do primeiro capítulo também não agradou por exagero com tiros (TV Globo)

Só que quem efetuou os disparos no capítulo inicial foi Kyra (Vitória Strada). Ao atirar na fuselagem, a outra protagonista deixou todo mundo em apuros. O exagero da cena, que apontava para o humor, não passou batido, mas por se tratar de uma sequência cômica, acabou sendo mais aceitável que os momentos desta segunda-feira (17), no embate entre vilã e mocinha.

Retorno

A audiência conquistada pelo retorno da novela foi modesta, mas gerou alegria para a TV Globo. O folhetim alcançou picos de 31 pontos na cena final e passeou entre 27 e 30 durante todo o episódio.

Com a meta estabelecida nos 25 pontos de audiência, “Salve-se Quem Puder” teve uma boa “estreia”, ainda tímida, mas com grande potencial de crescimento.

Encerramento do primeiro capítulo inédito após a pandemia (TV Globo)

 

Opinião pública

Abaixo, você confere as reações dos telespectadores quanto às cenas mencionadas acima. Veja o que o público disse a respeito do festival de tiros na novela: