Diversidade cultural do carnaval também aparece no vídeo

A nova vinheta da Globeleza para o Carnaval de 2017 já está no ar desde o último domingo (8), cheia de novidades, como a presença de passistas de escolas de samba e dançarinos de frevo dividindo espaço com a tradicional Globeleza. Porém, o que mais chama atenção no vídeo não são as curvas da modelo – como em anos anteriores – mas elas estar vestida.

“Já estamos no ritmo do Carnaval! E tem novidade na #Globeleza desse ano, hein? Quem curtiu? o/ “, traz a publicação da vinheta no Facebook da TV Globo, no domingo (8). Imediatamente, diversos internautas elogiaram a medida. “Finalmente! A melhor vinheta da história. Depois de tantos anos, a Globo reconheceu que o carnaval é de todo o país, de toda a gente, de diferentes cores e rítmos! E não precisou de mulher pelada para mostrar a beleza de tudo isso!”, publicou um usuário. “A melhor vinheta até hoje! Até que fim aprendeu a valorizar a cultura do Brasil e não colocar uma mulher nua”, trouxe outro comentário.

 

 

Há muitos anos que a emissora vem sendo criticada por recorrer a modelos desnudas para a vinheta de carnaval, prática que teve início com o designer gráfico Hans Donner, tendo como modelo Valéria Valensa. Desta vez, a emissora parece ter ouvido as críticas e além de mostrar mais diversidade cultural na vinheta, optou por ‘vestir’ a Globeleza.

Esta não é a primeira polêmica na qual a TV Globo se envolve em relação à vinheta. Em 2013, o insert com a modelo Nayara Justino, que venceu um concurso realizado durante o programa Caldeirão do Huck, saiu misteriosamente do ar, após ter sido apontada como ‘negra demais’ para o posto. Em 2016, o jornal inglês ‘The Guardian’ chegou até a realizar um documentário relatando a história da modela, a fim de deixar claro que racismo existe até no carnaval.