Resenha: Com nova temporada mais leve, ‘Love’ aborda o fracasso das relações modernas

Confira a crítica do MidiaMAIS sobre a série da Netflix

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Confira a crítica do MidiaMAIS sobre a série da Netflix

A série “Love”, da Netflix, estreou sua segunda temporada em março da mesma maneira que a primeira: de forma discreta. Porém, a série escrita por Judd Apatow (de “Ligeiramente Grávidos”) e produção original do serviço de streaming parece tomar uma direção um pouco diferente nessa nova etapa. Os personagens estão mais humanos, menos superficiais e com mais nuances de comportamento. 

A primeira temporada girou ao redor do início do relacionamento de Gus e Mickey, sendo ele um professor divorciado e nerd, e Mickey sendo a moça moderna, que gosta de sair e se divertir e que tem algum problema com drogas e bebida. Os dois se conhecem de forma inusitada e começam a sair. Porém, essa temporada de início nos fez crer que Gus é um homem superficial, quando uma série de encontro ruins e momentos estranhos faz com que Mickey aja como uma mulher obssessiva no final da temporada. Não convenceu muito bem, e os produtores parecem querer suavizar alguns comportamentos e destacar outros.

Na segunda temporada é explicado de Mickey na verdade tem alguns problemas profundos. Ela começa a tratar o vício em bebidas e drogas, que pode em parte ser explicado pela sua relação com o pai, que tem um episódio dedicado. Gus parece menos “loser” (perdedor), quando passa a ver Mickey como uma pessoa e não só como uma mulher estranha pela qual ele se interessa. Os dois começam a se enveredar por um relacionamento mais tranquilo e realista. E a melhora é expresiva, já que você começa, finalmente, depois de duas temporadas, a torcer por aquele casal imperfeito, que na verdade poderia estar ali ao seu lado. 

Uma perda da segunda temporada é a dissolução do núcleo do antigo emprego de Gus, da série “Witchita”. Gus trabalhava como professor de uma estrela mirim na série, e nessa nova temporada a série dentro da série acaba e ele vai para outro emprego, ainda como professor. Porém, a ideia um pouco metafísica da série dentro da série faz uma certa falta. Mas nada que comprometa o ritmo de uma série tranquila, daquelas para se ver sem compromisso.