Para celebrar diversidade, bar na capital exibe nova temporada de RuPaul’s Drag Race
Bar Valu abraçou ideia
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Bar Valu abraçou ideia
Você pode até não conhecer, mas Rupaul’s Drag Race (RPDR) é o reality show de maior sucesso entre LGBTs no mundo inteiro. O programa, cujo nome costuma ser ‘traduzido’ para ‘Rupaul e a Corrida das Loucas’, já alcança a oitava temporada, recém estreada no canal por assinatura LogoTV, nos Estados Unidos. Basicamente é um reality show em que drag queens mostram o que têm de melhor (e pior) na busca desenfreada por um prêmio de US$ 100 mil e pelo título de America Next Drag Superstar (Superstar Drag da América).
Nos EUA, nos dias em que a atração vai ao ar (às segundas-ferias), bares gays das grandes cidades costumam lotar para a exibição do programa. Aqui no Brasil, a turma sempre dá um ‘jeitinho’ de assistir aos episódios sem ter que esperar chegar ao Netflix (os episódios das seis primeiras temporadas estão lá). Em cidades como São Paulo, bares temáticos já providenciam telões para reunir fãs do reality. Imagina só que louco se isso acontecesse também em Campo Grande?
Pois é, já pode imaginar. O Bar Valu vai exibir toda a oitava temporada às quintas-feiras, com direito a decoração temática, show de drag e episódios legendados. Tudo foi ideia da professora de artes e fotógrafa Pamella Yule e do garçom e estudante de artes cênicas Guilherme Silva de Moraes – que também dá vida a drag queen Merineuza Joana da Silva. Juntos, a dupla teve a ideia de encontrar um local na cidade que topasse exibir o programa. E aconteceu justamente do Bar Valu, onde Guilherme trabalha como garçom, acolher a ideia.
“Uns amigos de São Paulo têm um bar temático que exibe seriados. Eles tiveram ideia de exibir, também, o RPDR e foi um sucesso, divertido e supergostoso. Quando fiquei sabendo da oitava temporada e que nenhum lugar aqui exibiria, pensei de a gente promover isso”, conta Pamella.
Na última semana, a dupla fez uma breve pesquisa on-line sobre quem gostaria de assistir RPDR num bar em Campo Grande. Com a resposta positiva, decidiram colocar as mãos na massa. “Para falar a verdade, foi tudo de última hora, tanto é que a gente tá meio assustado com a repercussão. Mas, a ideia é nos reunirmos, celebrarmos a diversidade com um programa que é sucesso total entre os LGBTs. Na quinta tem este ‘piloto’ e a partir daí vamos aperfeiçoando”, conta a professora.
Apoio às drags locais
Além do propósito de reunir gente para ver o reality, o projeto também tem a intenção de fortalecer a cultura drag local. “Já tivemos muitas drag queens, como a Maria Quitéria. Mas, hoje, elas não performam tanto quanto antigamente. A nova geração faz mais presença VIP nas boates. A gente quer que elas voltem a performar, queremos celebrar a cultura drag e LGBT em Campo Grande”, revela Pamella.
Para custear as despesas com decoração, aluguel de equipamentos e até com o cachê da drag queen que fará um pocket show, será cobrada a quantia simbólica de R$ 5. “Às 18h, o bar vai abrir e a gente começa a receber as pessoas. Aí, um pouquinho antes das 20h30, vai ter esse pocket show de uma drag queen local. Na sequência, vamos exibir o episódio legendado, em resolução FullHD, e também o ‘Untucked’ (episódio extra de bastidores que vai ao ar no Youtube). Depois de terminado, vai rolar uma playlist bacana, vamos deixar o episódio em loop, e até meia noite vamos funcionar. Tem tudo para ser bacana, mas o pessoal tem que comparecer, né?”, conclui.
Corrida das Loucas
Não é difícil entender o sucesso de Rupaul’s Drag Race – o segredo está em seu formato: o programa reúne drag queens numa competição que busca ‘Carisma, Unicidade, Ousadia e Talento’. A cada episódio, uma série de desafios são propostos. Uma delas sai vencedora e ganha vários prêmios. Já as duas que se derem pior vão ter que defender a continuação no programa numa batalha de dublagem, quer dizer… A cada episódio uma drag é eliminada e as que sobram ficam mais próximas do prêmio de US$ 100 mil.
Só por isso já é possível entender o frisson em torno do reality. Drag queens talentosíssimas se degladiam em provas do foto, maquiagem, dança, atuação, costura e até imitação, fazendo o expectador se divertir com os elementos da cultura LGBT. Mas, a cereja do bolo é o próprio criador, o performer Rupaul Charles, que desde os anos 1990 ‘se monta’ como a drag queen mais bem sucedida do mundo.
Desde que estrou, o formato do programa só evoluiu. Até inspirou versões tupiniquins, como o webshow Academia de Drags, comandado por Silvety Montila, e Glitter, que foi ao ar numa TV local do Ceará e criou memes como “bicha, a senhora é destruidora mesmo, viu, viado?”.
Serviço – 8ª temporada de RPDR. No Bar Valu (Rua 13 de Maio, nº 4.541, Bairro São Francisco), a partir das 18h. Exibição do episódio às 20h30, precedido por pocket show de uma drag queen local. A entrada custa R$ 5. Outras informações: https://www.facebook.com/events/527562057445928/
Confira abaixo o trailer da oitava temporada de Rupaul’s Drag Race ou clique AQUI.
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