Declaração agradou aos fãs de conteúdos originais

A declarou esta semana, por meio do diretor financeiro da empresa David Wells, que deseja que metade do total do seu catálogo seja formado por produções originais como as séries “House of Cards” e “Narcos”, que alcançaram estrondoso sucesso. Segundo informações, o conteúdo próprio dividirá metade do espaço com produções licenciadas. “O objetivo da Netflix é liberar conteúdo que agrade a cada assinante, a cada mês, e neste sentido, temos um caminho a percorrer em diferentes gêneros e formatos”, disse Wells.

O investimento em conteúdo próprio deve aumentar dos atuais US$ 5 bilhões, conforme previsto até o fim de 2016, para US$ 6 bilhões já em 2017. Ainda em 2016, a Netflix espera lançar 600 horas de produções próprias, muito mais que as 450 horas registradas no ano passado.

Conforme explicou Wells, o serviço percorreu um terço da metade do caminho para atingir essa meta. Segundo a Variety, é possível que o aumento de produções próprias comece a ser percebido em breve. 

Ao menos duas produções brasileiras, bancadas pela empresa norte-americana, são esperadas. Uma delas é o longa-metragem “O Matador”, dirigido por Marcelo Falcão, e a outra é a série “3%”. Ambas estão em fase de produção.

Dentro do patamar das produções originais, a Netflix espera que 80% de suas produções venham de Hollywood e 20% sejam produzidas localmente, com o idioma de cada país. A única exceção é o Japão, onde a tendência indica 50% de conteúdo local. Faz total sentido, já que, durante a última edição do Emmy, considerado o “Oscar da televisão”, os filmes e séries feitos pela Netflix tiveram quase 20 indicações às categorias da premiação e três ganharam.