Comparado a Neymar, Alexandre Nero diz: ‘Me sinto um craque, sim’
Cinco meses após o fim de ‘Império’, ator volta a ser protagonista no horário nobre da Globo
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Cinco meses após o fim de ‘Império’, ator volta a ser protagonista no horário nobre da Globo
Há muito tempo uma coletiva de imprensa para apresentar uma nova novela da Globo não atraía tantos profissionais da mídia como aconteceu no evento de “A regra do jogo”. O estúdio ficou lotado e era até difícil se locomover. Também pudera. Todos os veículos queriam saber o que vem por aí na trama que estreia nesta segunda-feira, 31. E motivos para tamanho interesse não faltam.
Um deles é o fato de que essa é a nova história escrita por João Emanuel Carneiro, autor que parou o Brasil – e alguns países do exterior – com “Avenida Brasil”. Outro motivo é a volta rápida de Alexandre Nero à TV, cinco meses após o fim de “Império”, e novamente no posto de protagonista. Ele foi chamado para o papel depois que Murilo Benício deixou o projeto.
Tamanha responsabilidade fez com que ele fosse chamado de Neymar pela diretora Amora Mautner ao apresentar seu elenco repleto de estrelas, como Cauã Reymond, Giovanna Antonelli, Susana Vieira e Tony Ramos.
“A Amora é louca, completamente. Para ela, todo mundo é gênio e maravilhoso”, diverte-se Nero. “Mas me sinto um craque, sim, e estou honrado em estar nesse time. Só que não tem algo de estar sozinho, aqui temos uma bela Seleção Brasileira. Não temos só um craque, temos muitos”, avalia o ator, que emagreceu dez quilos para o novo trabalho.
‘O público tem que se divertir’
Para o artista, as expectativas criadas em torno de “A regra do jogo” são inevitáveis, mas não o assustam. “Elas só existem em cima de sucessos. Com fracasso, ninguém tem. O lado bom é que as pessoas querem saber o que vai acontecer. O lado ruim é que a expectativa pode atrapalhar a visão do próprio público”, pontua Nero, fazendo um pedido: “Espero que as pessoas possam, dentro do possível, ter a gentileza com elas mesmas de estarem prontas a assistir a um entretenimento sem ficar o tempo inteiro fazendo comparações. Elas são inevitáveis, mas, se fizer isso o tempo inteiro, você não se diverte. Deixe esse trabalho para os críticos. O público tem que se divertir, se entreter.”
A questão da audiência, que modificou praticamente toda a trama de “Babilônia”, novela anterior do horário nobre, também é comentada por Nero. “Espero que essas coisas não influenciem no trabalho. Se as pessoas vão gostar ou não, foge do nosso controle, são incógnitas. Há coisas mal-feitas que as pessoas gostam. Tem coisas que são muito bem-feitas e as pessoas não gostam. Estamos fazendo o nosso melhor”, diz.
‘Provocações me instigam’
Sobre a volta tão rápida à TV e novamente como protagonista, Nero diz que não tinha como recusar o convite. “Uma coisa rara na vida de um ator é um bom personagem. Mas havia aquele estigma de que, após o sucesso como Comendador, eu não podia fazer. Não podia?! Então eu quis! Essas provocações me instigam, tenho sangue nos olhos”, confessa.
“Todo mundo esperava que, por causa do Comendador, eu me tornasse uma coisa quase inalcançável, algo no Olimpo, mas isso não faz parte da minha realidade. Essa coisa de dar um descanso da imagem é uma visão típica do mainstream e não vivo disso. Se não estivesse na novela, iria trabalhar do mesmo jeito, no cinema, teatro ou com música. Não ia estar de férias pelas ilhas gregas”.
O pouco tempo que teve para se desligar de um personagem e compor outro para ele não chegou a ser um grande problema. “Mato o personagem no dia seguinte, difícil é construir um novo. Queria mais tempo? Seria o ideal, mas não é isso o que vai fazer a diferença. São 27 anos de trabalho que me respaldam em construir um personagem em dois, três meses. E construí algo bem distante do Comendador”, aposta, confiante.
Parceria retomada
Em “A regra do jogo”, Alexandre Nero volta a formar par romântico com Giovanna Antonelli, com quem roubou a cena em “Salve Jorge”, em 2012. A delegada Helô e Stênio ofuscaram os protagonistas Théo (Rodrigo Lombardi) e Morena (Nanda Costa).
“Eu e Giovanna tivemos cuidado para não nos repetirmos nos personagens. E acredito que a gente conseguiu, até porque a relação dos novos papeis não tem amor. Nessa agora tem tesão e ódio. Também será muito engraçada como a outra, porém diferente”, adianta, antes de completar: “Talvez algumas pessoas se decepcionem porque podem pensar que vão encontrar Helô e Stênio e não vão. Serão os mesmos atores numa relação diferente. O Stênio era mais submisso à Helô, que era um pouco mulher-macho. Nessa novela, não. Eles são mais equiparados”.
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