Jornalista demitida por criticar Bolsonaro processa Record por discriminação

Após 15 anos no canal, apresentadora foi mandada embora e agora quer seus direitos

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Adriana Araújo na bancada do JR
Adriana Araújo na bancada do JR

Adriana Araújo, ex-âncora do Jornal da Record, principal noticiário da emissora, entrou na Justiça contra o canal pedindo reconhecimento de vínculos trabalhistas.

Ela foi demitida há três meses, após tecer críticas ao governo Bolsonaro em suas redes sociais, sendo contratada, até então, por uma emissora que declara apoio ao presidente.

De acordo com o Notícias da TV, o processo interpelado em junho, na 63ª Vara do Trabalho de São Paulo, aponta injustiça e discriminação após Adriana não ter feito parte do processo massivo de assinatura de carteira de trabalho promovido pela emissora. 

A jornalista trabalhava como Pessoa Jurídica desde 2006 – profissionais contratados como PJ não recebem uma série de benefícios, como 13º salário e férias remuneradas. Mas, em 2016, o canal de Edir Macedo passou a alterar o contrato de alguns profissionais PJ para CLT, mas a apresentadora foi mantida como PJ e define isso como discriminação.

A Record TV, em defesa, convocou quatro ex-chefes de Adriana para testemunharem contra ela. A emissora diz que a jornalista sempre teve um alto salário. Duas audiências do caso já acontecerem, mas ainda não há previsão de quando ocorrerá o julgamento.

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