“Ele tinha uma depressão funcional, meu pai sempre foi meio hipocondríaco, mas nunca assumiu. Ele pagava mensalmente, um salário para um farmacêutico pra ir uma vez por semana na casa dele e aplicar injeção”, revela Nizo em entrevista à Lisa Gomes.

“Ele não tomava comprimido e quando tomava parecia que tava ingerindo um tijolo. Ele adorava cirurgia, gostava de hospital”, completou.

Nizo ainda contou que ficava surpreso com a capacidade do pai de criar seus icônicos personagens: “Tudo vinha de uma forma muito espontânea, não se preparava pra nada, eu nunca vi testando voz em casa. Eu convivi muito com ele, nunca vi nem no espelho testando personagem, estudando uma referência. Nada! Era impressionante. Ele tinha tudo na cabeça dele e chegava para maquiadora, figurino que queria e o personagem saía em cena”.

Quanto ao seu trabalho, Nizo contou que Chico tinha outro vício.

“Ele não decorava texto, depois ele viciou no ponto eletrônico, mas grande maioria da carreira dele fazia sem ponto, ensaiava uma ou duas vezes no máximo”, diz.