Antonio Fagundes diz não ter pena de quem aceita trabalhar no governo de Jair Bolsonaro. O artista ainda garantiu que sente “um pouco de raiva” dos atores que aceitam “esse tipo de coisa”. A declaração foi dada em entrevista à coluna de Sonia Racy, no jornal O Estado de S. Paulo.

Para o ator, a única proposta da Secretaria Especial de Cultura em quase dois anos “é a de acabar com a Cultura”. Mário Frias é o atual chefe da pasta, que também já foi encabeçada por Regina Duarte.

“Tenho pena de atores que aceitam esse tipo de coisa. Eles não têm a menor noção de como funciona aquilo ali. Não é uma novela, é um circo com regras próprias. E dependendo do governo, as regras são mais loucas ainda. Agora, não tenho pena não de quem aceita trabalhar neste governo atual. Tenho até um pouco de raiva”, admitiu o ator, de 71 anos.

Questionado se alguma medida o deixou especialmente inconformado, segundo o portal Uol, Fagundes disse que acredita ser o “conjunto”, algo que para ele já vinha acontecendo antes da do novo e que “se exacerbou” agora.

“Começaram a fazer uma campanha de que os artistas mamavam nas tetas do governo. Você já percebia aí uma coisa de mau-caratismo. Eles eram contra a . Todo o patrimônio histórico brasileiro está sendo dilapidado, as sinfônicas não estão podendo sobreviver, calaram os circos. E espere: vão destruir também o cinema”, afirmou.