Anitta domina palco também como palestrante-guru de negócios e gestão
Até sua experiência como vendedora em uma loja de roupas contribuiu para seu sucesso como cantora, afirma Anitta. “Me ajudou a ser persistente. Quem trabalha no comércio sabe que você não pode desistir de conquistar o cliente”, conta. Toda e qualquer experiência é válida quando você resolve abrir sua própria empresa, resume ela à reportagem, […]
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Até sua experiência como vendedora em uma loja de roupas contribuiu para seu sucesso como cantora, afirma Anitta. “Me ajudou a ser persistente. Quem trabalha no comércio sabe que você não pode desistir de conquistar o cliente”, conta.
Toda e qualquer experiência é válida quando você resolve abrir sua própria empresa, resume ela à reportagem, por email. Uma das artistas brasileiras mais bem-sucedidas desta década, segura hoje as rédeas da carreira nas mãos e começa a dar dicas de negócios e gestão em eventos de empreendedorismo.
Aos 25 anos, Anitta gerencia, além de sua carreira, as de outros dois cantores -Clau e Micael- e sua própria produtora, Rodamoinho.
Com uma agenda lotada de shows, chegando a dois por dia aos fins de semana, a cantora hoje frequenta os palcos também como palestrante.
Na última quinta (16), encerrou o 44º Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas, em São Paulo. Em setembro, irá expor suas estratégias de negócio no Fire Festival, que será realizado em Belo Horizonte entre os dias 27 e 29.
Em abril, ela foi uma das principais atrações da Brazil Conference, na universidade americana Harvard, narrando sua história para uma plateia com nomes como Jorge Paulo Lemann, o homem mais rico do Brasil segundo a Forbes.
Filha de uma artesã e de um vendedor de baterias de carros, Anitta contou, naquela ocasião, como superou as dificuldades da infância pobre no bairro de Honório Gurgel, na zona norte do Rio de Janeiro, para se dedicar exclusivamente à música, recusando até uma contratação na Vale.
Ela costuma falar, com bom humor, que aprendeu com os erros de seu pai. “Ele sempre trabalhou muito para tentar dar o melhor para mim e para o meu irmão, mas não era dos melhores administradores”, diz. “Eu sempre fui muito atenta aos meus gastos”.
Foi o pai, também, quem a convenceu a fazer um curso técnico em administração, para que ela tivesse mais oportunidades de emprego além da carreira artística, seu sonho.
O curso, ela diz, lhe deu noção para gerenciar a carreira, o que começou a fazer sozinha em meados de 2014.
Até então, era empresariada por Kamilla Fialho, com quem trava uma batalha judicial relacionada à quebra de contrato -a cantora não respondeu perguntas sobre o assunto.
Para montar sua empresa, Anitta optou por não contratar profissionais do ramo, e deu preferência a pessoas sem experiência, que pudesse educar à sua maneira. É o caso de seu irmão, Renan Machado, que trancou a faculdade de ciência da computação para virar sócio na produtora.
“Eu considero melhor ter alguém de extrema confiança comigo, uma pessoa que não saiba muito, mas que esteja cheia de vontade de aprender”, afirma.
Sob a gestão de Fialho, Anitta ficou famosa nacionalmente com “O Show das Poderosas”, em 2013. Já como sua própria empresária, conseguiu levar seus singles às paradas internacionais .
“Vai Malandra”, por exemplo, registrou mais de 13 milhões de visualizações no YouTube no primeiro dia após o lançamento, em dezembro de 2017, e foi o primeiro hit em português a entrar no top 20 global do Spotify.
A internacionalização da cantora tem sido construída com parcerias, mistura de ritmos do momento e faixas em outros idiomas. Para ela, quem deseja atuar em mercados estrangeiros precisa estudá-los primeiro.
Anitta lembra de quando viajou sozinha à Espanha para pesquisar o mercado. “Ia nas boates e anotava as músicas que tocavam, conversava com os DJs e produtores para aprender o que estava fazendo sucesso e entender onde eu poderia investir. O segredo é estudar e ser um bom observador”, conta.
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