Pela primeira vez, depois de 17 anos de criação, a Cia Dançurbana se lança em um projeto de espetáculos solos. A estreia acontece na sexta-feira (06) e no sábado (07), sempre a partir das 19 horas, no Sesc Cultura. Serão cinco apresentações diferentes: no primeiro dia Ralfer Campagna apresenta o solo ´Festejar com o que restar´ e Rose Mendonça encena ´Nu(m) Corpo Só´.

No dia seguinte, Adailson Dagher apresenta ´Sob Controle´, Lívia Lopes interpreta ´Euphoria´ e Jackeline Mourão encerra com ´Talvez seja isso´. Ao levar ao palco as criações dos integrantes da companhia o ´Projeto Singulares – Mostra de Solos´ busca dar voz as singularidades dos intérpretes criadores.

O projeto nasceu a partir do espetáculo ´Singulares´, criado pelo grupo em 2012, como conta o diretor da Cia Dançurbana, Marcos Mattos: “Nos últimos anos temos revisitado alguns trabalhos do nosso repertório. Ao olhar para o espetáculo ´Singulares´ tivemos a ideia de transformar este trabalho em um projeto de solos, que pudesse contemplar um dos propósitos da companhia de continuar despertando a autonomia dos intérpretes criadores para que eles possam criar seus próprios trabalhos, falar sobre os seus desejos e vontades. E como a gente, enquanto indivíduos coletivos, no sentido do grupo, também podemos amadurecer juntos”.

Cia Dançurbana estreia ´Projeto Singulares – Mostra de Solos´ com entrada gratuita
(Divulgação)

Solos

Os solos transitam entre questões de gênero, feminismo, artes visuais… Até a transversalidade de linguagens. Em ´Festejar com o que restar´, Ralfer Campagna se apresenta, performa a respeito das pessoalidades. Expõe-se. Este corpo que quer ser o que quiser. Quer despir-se de rótulos fechativos. Quer celebrar. Por sob as opressões, sobreviver, viver, (re) existir. Um corpo assim que festeja com o que restar. No espetáculo ´Nu(m) Corpo Só´, Rose Mendonça propõe investigar a ancestralidade a partir de memórias corporais de corpos femininos que resistem, geram, reagem e acolhem; num só corpo, numa só mulher.

No solo ´Sob Controle´, Adailson Dagher busca retratar o nosso comportamento na sociedade, entre o sano e o insano. Em ´Euphoria´, Lívia Lopes se inspira nas obras de Jean-Michel Basquiat, artista plástico negro, trazendo questões como o Ser político, o negro sendo negro, entre outras. E, no solo ´Talvez seja isso´, Jackeline Mourão mergulha em todos os processos criativos pelos quais já passou trazendo para cena essas memórias.

“Estes são os primeiros trabalhos que apresentamos dentro do ´Projeto Singulares – Mostra de Solos´. Em 2020 daremos prosseguimento com mais apresentações e novos solos dos nossos intérpretes criadores”, finaliza Marcos.

Serviço

A Cia Dançurbana estreia o ´Projeto Singulares – Mostra de Solos´ nesta sexta-feira (06) e no sábado (07), sempre a partir das 19 horas, no Sesc Cultura (Avenida Afonso Pena, 2270). Os ingressos são gratuitos e serão distribuídos 30 minutos antes do início das apresentações de cada dia. Ao todo, serão disponibilizados 55 ingressos.

Os solos de sexta-feira têm classificação indicativa de 16 anos e os de sábado, classificação livre. Mais informações nas da Cia Dançurbana fanpage e instagram, pelo telefone: (67) 99238-2829 ou pelo e-mail [email protected]