Mãe vende balas baianas por WhatsApp para arcar com tratamento do filho autista

A vendedora Camila Haither ainda tem as balas baianas que vende nos semáforos como a renda única para pagar os tratamentos médicos da família

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Toda mãe tem em seus filhos a maior riqueza. E não é diferente para a vendedora Camila Haither, de 31 anos, mãe de 3 filhos. Há 2 anos morando em Campo Grande, a vendedora ainda tem as balas baianas que vende nos semáforos como a renda única para pagar os tratamentos médicos da família. Com a pandemia, as vendas caíram e o serviço migrou para os grupos de WhatsApp.

Camila se mudou de Três Lagoas, no interior de MS, para Campo Grande há 2 anos em busca de novas oportunidades de tratamento para o filho mais velho autista, Kauê, de 13 anos. Vendeu o apartamento que tinha no interior e começou a ser revendedora de perfumes no bairro Jardim Noroeste.

“Não tive muito sucesso, então vi uma postagem de uma amiga de Três Lagoas que estava vendendo bala baiana. Comecei a fazer para vender em torno de 100 balas diariamente. Levava as crianças para escola e já voltava vendendo as balas nas ruas pelo caminho. Não era muito, mas sempre deu para nos sustentar sem faltar nada”, relembra Camila ao Jornal Midiamax.

Mãe vende balas baianas por WhatsApp para arcar com tratamento do filho autista
Camila faz balas baianas caseiras para custear os tratamentos médicos dos filhos e manter a renda básica. (Reprodução, Arquivo Pessoal)

Com o dinheiro do auxílio emergencial, Camila passou a investir nas balas baianas caseiras para vender nas ruas. A cada 40 balas vendidas lucro de 60%, que vão para os tratamentos médicos dos filhos Kauê, com sopro no coração e autista que necessita de tratamento fonoaudiológico e psicológico. As duas filhas mais novas, Luana e malu, de 8 e 5 anos respectivamente, também precisam retirar as amígdalas.

Mudança de estratégia

Devido à pandemia e à suspensão das aulas, a mãe teve a ideia de começar as vendas pela internet, em grupos de WhatsApp que participa. Mesmo assim, as vendas não chegam a atingir a meta das ruas e Camila foi obrigada a encaminhar o filho autista para a casa da avó, em Três Lagoas. Para ajudar nas despesas, voltou a vender nas ruas mas o medo de se contaminar é grande.

“Comecei a vender pela internet, mas não anda muito bem. Estou vendendo um dia sim, outro não. entorno de 40 balas. Com a instabilidade do auxílio emergencial, estou preocupada. Há 3 semanas, minha mãe levou o Kauê para Três Lagoas para me ajudar nas despesas de casa e voltei a vender nas ruas. Deu até uma melhorada, mas o medo de voltar doente para casa é grande, então estou de mãos atadas”, conta a vendedora.

Para ajudar a vendedora e a família com a arrecadação de fundos para os tratamentos médicos, basta encomendar as balas baianas pelo telefone (67) 8179-3424.


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