Vídeo: Com a morte do pai, André ressignificou a ausência
No Dia dos Pais de 2006, Luiz Valter Duenha Patroni sofreu um infarto e foi internado. No dia seguinte, ainda no hospital, ele teve outro infarto, que o deixou com graves sequelas e em estado vegetativo por aproximadamente cinco meses. Com a saúde comprometida, ele faleceu aos 48 anos, em 26 de janeiro de 2007, […]
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No Dia dos Pais de 2006, Luiz Valter Duenha Patroni sofreu um infarto e foi internado. No dia seguinte, ainda no hospital, ele teve outro infarto, que o deixou com graves sequelas e em estado vegetativo por aproximadamente cinco meses. Com a saúde comprometida, ele faleceu aos 48 anos, em 26 de janeiro de 2007, mesmo ano que o filho caçula, o jornalista e fotógrafo André Patroni, ingressou na universidade.
E neste domingo também de Dia dos Pais, 12 anos depois do primeiro infarto de Luiz, o MidiaMAIS relembra o dia em que André fez um discurso em homenagem aos pais ausentes na cerimônia simbólica de colação de grau da própria formatura, arrancando os mais diversos sentimentos das pessoas que estavam presentes, de colegas formandos a convidados.
De todo o discurso, a maior lição exposta foi a de ressignificância da ausência. “Meu pai me preparou sempre pra despedida dele. Não sei se ele sabia… Mas ele falava: ‘André, um dia eu vou ter que ir embora’”, conta o jornalista no discurso. E, segundo ele, a postura realista do pai foi o que o fez ser forte.
“Eu percebi que a ausência é um mito criado por quem não percebeu que eles estão em outro nível de consciência […] Todo mundo que passa pela terra deixa sementes de si mesmo. E por meio dos brotos que vencem os asfaltos da vida, a gente consegue manter contato com aqueles que deixaram de ser visíveis aos olhos”, diz André durante a homenagem.
Sempre com um sorriso no rosto, ele continua: “A essência do meu pai se manifesta hoje na felicidade do meu sorriso, na honestidade das minhas escolhas, na determinação de solidariedade da minha mãe, no aconchego do abraço da minha avó, na alegria das nossas reuniões de família, no vento que levanta uma pipa e até na vinheta do Bom Dia, Brasil que ele tinha que assistir todos os dias antes de me levar para escola, o que ocasionava frequentes atrasos”.
“A minha consciência, que está em processo de formação, chega ao veredito: a morte não existe. A essência vence a ausência, a vida é muito maior do que qualquer discurso. Ela não acaba com um ponto final”, encerra o discurso.
E ainda hoje, quase 12 anos depois da morte do pai, André mantém viva a lembrança de Luiz. “Coisas simples, como soltar pipa mesmo adulto, correr de kart, ideias que ele tinha, visões de mundo, conselhos. Tudo ainda é presente. Invariavelmente, quando tenho decisões importantes pra tomar, penso no que ele diria se estivesse junto“, diz.
Confira, na íntegra, o discurso de André no dia da formatura:
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